Leitora vai escolher seu primeiro carro e quer uma sugestão do Guru considerando vários aspectos
grano - março 3, 2017
Caro Guru dos Carros (aliás, esse título é genial!), Tenho 52 anos e me preparo para comprar o meu primeiro carro (não contarei a novela. rs). Bem… estou com 1 milhão de dúvidas, mas tentarei ser objetiva ;-). O encantamento ofusca meus pensamentos e me leva a devanear. No entanto, vou focar no racional para minhas questões. Tenho 3 carros em mente: Creta, WR-V e Captur e minhas dúvidas são as seguintes: 1) Encontrei muitas reclamações da Renault. No entanto, fiquei confusa, pois vi uma matéria que dizia que foi a melhor para os consumidores. A pergunta é: das três (Hyundai, Honda e Renault) qual a melhor marca em termos de pós-venda e atendimento ao consumidor?; 2) Estou muito encantada com o Creta, mas tenho receio de fazer um mal negócio. Questão: é possível prever o índice de depreciação dos três? 3) Vi um comentário sobre o fato de o Creta possuir freio a tambor. É imprescindível o freio a disco?; 4) Não sou amante de velocidade, porém, moro numa cidade tão cheia de buracos e vários trechos sem pavimentação que dirigir parece um rali. Qual o carro com a melhor suspensão, altura do solo e sensação de altura ao dirigir?; 5) Na sua opinião, qual é o mais bonito externamente e internamente? E, finalmente, oh, Senhor Guru dos Carros… 6) Levando em conta as questões anteriores, e comparando o Creta, WR-V e Captur, qual seria o carro mais adequado para mim? Obrigada! – pergunta enviada por Carmem
Carmem obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
Em primeiro lugar, parabéns pela aquisição do seu carro novo! Fico contente em poder ajudá-la.
Considerando tudo o que você aponta na pergunta, recomendo a você optar pelo Honda WR-V, novidade que chegará às concessionárias da Honda ainda neste mês.
Começando pela reputação da marca, um dos itens que você pede para ser analisado, as japonesas Honda e Toyota costumam ter as melhores avaliações nesse aspecto. Além dos valores de revisões bem competitivos, os donos de modelos dessas fabricantes costumam falar muito bem do atendimento que recebem nas revendas oficiais, o que é o principal indicador que podemos ter.
Partindo para a análise dos critérios mais técnicos, é interessante destacar que o Honda WR-V conta com vários elementos estruturais, em especial na suspensão, ”emprestados” do Honda HR-V. Por ser maior e ter que lidar com mais peso e um conjunto mecânico mais potente, alguns elementos do HR-V como o barra do eixo traseiro acabam por ser superdimensionados, por assim dizer, para o WR-V. Com isso, o SUV compacto derivado do Fit consegue entregar maior robustez. Isso é uma característica importante uma vez que você destaca que mora em uma cidade com ruas muito esburacadas.
Retomando um ponto citado no parágrafo anterior, o fato do WR-V compartilhar a mesma estrutura do Fit traz para o modelo da Honda uma cabine muito espaçosa e versátil. Um dos destaques do WR-V, assim como ocorre no Fit, é o prático sistema de rebatimento dos bancos. Ele permite acomodar objetos grandes, como até mesmo uma prancha de surfe, sem dificuldade.
Com relação ao tipo de sistema de freios, outra parte de suas perguntas, o freio a disco não é algo imprescindível. O que ocorre é que cada fabricante acaba fazendo uma série de análises técnicas e levando em conta dados como o desempenho do carro, seu porte e demais variáveis como o impacto no custo final do automóvel, ela é capaz de definir o melhor tipo de freio para cada projeto. A vantagem de contar com freios a disco nas quatro rodas é a frenagem mais eficiente e a menor chance de ocorrer uma fadiga muito grande do sistema. Contudo, as montadoras seguem uma série de padrões rígidos de segurança nesse assunto e ninguém pode dizer que pelo fato de contar com freios traseiros a tambor um carro é menos seguro que outro.
Voltando para os três modelos, quando abordamos a questão de desvalorização e facilidade de revenda, o Hyundai Creta e o Honda WR-V saem na frente em especial por contarem com o bom retrospecto de suas marcas. Infelizmente, as fabricantes francesas, como é o caso da Renault com o Captur, ainda são vistas com desconfiança no mercado de usados, o que acarreta em maior desvalorização.
Por fim, minha sugestão pela escolha do WR-V também de deve ao conjunto de motor e câmbio. A dupla formada pelo propulsor 1.5 16V e o câmbio automático do tipo CVT proporciona bom desempenho ao WR-V e um consumo de combustível bem comedido. O Hyundai Creta, por sua vez, mostra-se muito ”beberrão”, ao passo que o câmbio automático com apenas 4 marchas do Renault Captur já mostra-se defasado olhando para dentro do segmento.
Por tudo isso, creio que o futuro Honda WR-V é uma opção bem interessante.
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