Para empresa de mobilidade, 2024 será o “ano do carro elétrico”
Empresa que atua no setor de recarga de veículos elétricos lista 10 tendências do segmento para este ano; confira
César Tizo - janeiro 29, 2024
A Tupinambá Energia, plataforma de recarga de veículos elétricos que realiza a operação das redes Shell Recharge no Brasil, divulgou um interessante conteúdo no qual aponta as 10 tendências para o setor de eletromobilidade no país ao longo de 2024.
Entre os pontos de destaque, como você poderá conferir, a empresa destaca a provável paridade de preços entre os automóveis elétricos e a combustão podendo ser alcançada ainda neste ano, estimulada principalmente por estreias de marcas chinesas como o aguardado BYD Dolphin Mini, que deverá custar por volta de R$ 100.000.
As 10 principais tendências da eletromobilidade para 2024:
1- Redução de preços
Veículos elétricos chineses na faixa de R$ 100 mil a R$ 110 mil, portanto com preço mais competitivo, deverão concorrer no mercado com modelos de grande volume de vendas, como os movidos a combustão de montadoras generalistas.
2- Novas tecnologias em baterias
O valor dos minerais em queda e as baterias ainda mais baratas devem permitir que os veículos elétricos sejam realisticamente mais baratos que os seus equivalentes à combustão. O primeiro carro com bateria de sódio lançado saiu às ruas no final de dezembro de 2023 e outras montadoras poderão seguir a tendência.
3- Paridade de preço entre elétricos e combustão
2024 poderá ser o ano do eclipse de preços de todos os veículos leves. Apesar da retomada gradual da cobrança do imposto de importação ao Brasil dos carros 100% elétricos e do aumento das alíquotas para híbridos, a tendência é atingir a paridade de preço entre elétricos e carros à combustão. Em alguns segmentos já se observa um preço já inferior dos elétricos em relação aos seus equivalentes à combustão, como no segmento premium e de sedãs.
4- Retomada dos carros eletrificados
A retomada das ofertas eletrificadas das montadoras tradicionais poderá disputar o território com as entrantes chinesas, lançando modelos com autonomia sem precedentes no mercado.
5- Estratégia comercial de segurar o repasse
No momento em que o carro elétrico importado volta a ser tributado, as montadoras poderão adotar estratégias comerciais para segurar o repasse do imposto para carros 100% elétricos e aumento das alíquotas para híbridos e preservar a estratégia de negócios.
6- Novos conectores
O Brasil deverá adotar oficialmente o padrão de conector de recarga CCS2 e T2, usufruindo do potencial da rede elétrica trifásica com grande benefício para a velocidade e a segurança da recarga.
7- Infraestrutura de recarga
A infraestrutura de recarga rápida deverá dobrar de tamanho, com players como Raízen e Shell Recharge dobrando suas redes com suporte da Tupinambá Energia.
8- Frotas
Empresas do segmento de transporte ou aquelas que têm logística como competência estratégica descobriram na eletrificação uma forma de descarbonizar a frota e demonstrar à sociedade a sua preocupação com os caminhos do planeta, obtendo não apenas ganhos em reputação de marca, mas também ganhos financeiros expressivos. Esse segmento poderá crescer ainda mais nesse ano.
9- Usados seguirão em baixa
O segmento de elétricos usados tende a permanecer em baixa até que a confiança do consumidor em relação à tecnologia e à saúde das baterias seja superada. Um movimento similar se observou em mercados maduros, onde após uma queda, se observou uma crescente demanda pelos elétricos.
10- Ano do carro elétrico
O “efeito BYD Dolphin” será um ponto de inflexão no mercado brasileiro também em 2024. Com fabricação em alta e alinhamento de valores entre os consumidores chineses e brasileiros, grandes telas e muita tecnologia, os produtos das marcas chinesas cairão na graça do consumidor mainstream. Os benefícios operacional e financeiro dos elétricos ditará a tendência. Com o valor do ticket médio dos carros elétricos leves caindo ainda mais, a tendência é que 2024 será o ano desses automóveis.