Qual Tiggo 7 Pro escolher: híbrido-leve ou apenas a combustão?
Leitor está em dúvida entre as duas configurações do SUV, ambas tabeladas em R$ 169.990 a partir da linha 2025
César Tizo - fevereiro 9, 2024
Mestre, queria uma orientação, estou em dúvida entre comprar nova a Tiggo 7 Pro, Hybrid ou a Combustão! Meio receio é que o conjunto motor cambio da Hybrid não é tão top que nem a Combustão além de medo da tal bateria….assim como fico tenso da Combustão ser muito beberrona e não ser flex….na minha região a Gasolina tá quase 50% acima do valor do Etanol. Poderia me dar uma orientação? – pergunta enviada por Marcio via Instagram
Marcio obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
Sua questão é muito interessante e chega em boa hora, sobretudo por conta da estreia da linha 2025 da CAOA Chery e o consequente reposicionamento dos SUVs nacionais da marca, com grande parte dos modelos ficando até R$ 10.000 mais baratos.
Partindo especificamente para a gama Tiggo 7 Pro, que agora custa R$ 169.990, vamos começar a análise por um ponto importante: o consumo.
De acordo com tabela mais recente do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), temos o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive apontando médias oficiais de 8,1 km/l na cidade e 8,5 km/l na estrada com etanol ou 11,1 e 11,2 km/l, respectivamente, se utilizando gasolina.
No caso do Tiggo 7 Pro Max Drive 1.6 turbo com injeção direta (apenas a gasolina), os números ficam em 9,9 km/l no ciclo urbano e 11,7 km/l no uso rodoviário.
Temos, portanto, consumo médio (50% cidade e 50% estrada) de 11,1 km/l no caso do Tiggo 7 Pro híbrido-leve e de 10,8 km/l para o modelo exclusivamente a combustão.
Se, no quesito consumo, constatamos praticamente um empate técnico, ao compararmos o desempenho das duas configurações do Tiggo 7 Pro temos uma vantagem inquestionável para o SUV com a motorização 1.6 turbo.
Enquanto o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive alia o propulsor 1.5 turbo flex ao câmbio automático CVT e oferece 160 cv e 25,5 kgfm de potência e torque combinados, a opção 1.6 TGDI alcança 187 cv e 28 kgfm.
O câmbio de dupla embreagem com 7 marchas banhado a óleo também colabora para tornar o Tiggo 7 Pro Max Drive um modelo altamente responsivo ao volante, com ótimas acelerações e retomadas.
Já tive a oportunidade de avaliar o Tiggo 7 Pro apenas a combustão e o modelo de fato se sobressai no quesito performance, podendo alcançar 100 km/h na casa de 8 segundos, enquanto a opção eletrificada demanda quase 2 segundos a mais para realizar a mesma prova de desempenho.
Híbrido ou não?
Considerando que as duas opções do Tiggo 7 Pro têm o mesmo preço e ainda saem de fábrica com ótimo nível de equipamentos, a escolha entre elas demanda ampliarmos o espectro da análise.
Em alguns Estados, por exemplo, automóveis eletrificados pagam alíquotas menores de IPVA ou até mesmo são isentos do tributo, como ocorre no Distrito Federal, o que pode resultar em uma economia muito favorável no que diz respeito ao custo de propriedade do veículo.
Além disso, carros eletrificados licenciados no Estado de São Paulo ficam isentos do rodízio municipal na capital paulista, uma conveniência interessante para famílias que optam por contar com apenas um carro. A Prefeitura de São Paulo também abre mão de sua parcela do IPVA para os automóveis elétricos ou híbridos emplacados na cidade, o que dá direito a uma restituição de 50% do valor do imposto.
Sobre os pontos elencados por você na pergunta, Marcio, vale destacar que o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive conta com tecnologia híbrida-leve de 48V, a qual utiliza uma bateria muito menor do que a de um automóvel híbrido pleno (como um Toyota Corolla, por exemplo) ou um carro elétrico.
Logo, eventuais manutenções na bateria do sistema híbrido do Tiggo 7 Pro não tendem a ser tão onerosas, assim como sua durabilidade está em linha com a de modelos mais sofisticados.
Analisando em profundidade os dados de consumo das duas opções do Tiggo 7 Pro, como observamos mais acima, fica claro que a versão híbrida-leve do SUV está longe de oferecer consumo médio muito melhor do que o Tiggo 7 Pro 1.6 turbo, com a ressalva do desempenho inferior do SUV eletrificado.
Em resumo, Marcio, o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive pode ser uma compra mais interessante se benefícios como o IPVA menor ou a isenção do rodízio municipal em São Paulo se apresentarem como diferenciais importantes para você, além, é claro, do fato dessa configuração também aceitar etanol.
Caso você não utilize o automóvel com frequência em estradas e circule na maior parte do tempo por grandes centros urbanos, seria interessante você fazer um bom test-drive nas duas opções do Tiggo 7 Pro para ponderar se a diferença de performance entre elas é algo significativo para você.
Se esse for o caso, então o Tiggo 7 Pro com motorização 1.6 turbo pode ser a escolha mais equilibrada.
Olá, com o reajuste de set/24, a versão hybrid (R$ 5 mil mais cara que o 1.6 tgdi) perde o custo-benefício? Pensando um pouco mais a longo prazo para quem não prioriza performance, ser flex com a possível mudança na gasolina vale a pena?
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Olá, com o reajuste de set/24, a versão hybrid (R$ 5 mil mais cara que o 1.6 tgdi) perde o custo-benefício? Pensando um pouco mais a longo prazo para quem não prioriza performance, ser flex com a possível mudança na gasolina vale a pena?
Artur, boa tarde, tudo bem? Baseado na sua pergunta, preparei uma análise mais aprofundada: https://gurudoscarros.com.br/2024/09/04/mais-caro-tiggo-7-pro-hybrid-perdeu-apelo-em-custo-beneficio/
Espero ter ajudado!