Volkswagen revê planos de eletrificação e aumenta investimento em híbridos plug-in
Montadora alemã ajusta estratégia e responde à demanda crescente por híbridos plug-in em mercados como EUA e China
César Tizo - maio 24, 2024
A Volkswagen, uma das primeiras grandes montadoras a apostar fortemente em veículos elétricos (EVs), está reconsiderando sua estratégia de eletrificação total.
Em meio à desaceleração na demanda por EVs, a empresa anunciou um aumento nos investimentos em híbridos plug-in (PHEVs) para atender a demanda crescente, especialmente na China e nos Estados Unidos.
A VW, que se destacou ao anunciar sua transição para a produção exclusiva de carros elétricos na Europa entre 2033 e 2035, agora parece estar ajustando seus planos.
O atual CEO, Thomas Schaefer, afirmou à Bloomberg que os consumidores “querem híbridos plug-in agora,” destacando a necessidade de expandir esse linha de modelos para satisfazer o mercado.
Essa mudança ocorre após a decisão da VW de abandonar seus planos para a construção de uma fábrica dedicada a veículos elétricos em Wolfsburg, cidade que abriga sua sede na Alemanha.
No entanto, a empresa continua avançando com os planos de construir fábricas de baterias na Espanha e no Canadá.
A estratégia de eletrificação foi intensificada durante a gestão de Herbert Diess, CEO da VW entre 2018 e 2022, e continuada por Schaefer.
A empresa investiu alto na série ID. e anunciou a intenção de fabricar apenas carros elétricos na Europa por volta de 2033.
No entanto, as recentes declarações de Schaefer indicam uma flexibilização dessa meta, refletindo uma abordagem mais cautelosa similar à adotada pela GM, que também revisou seus planos de eletrificação completa.
Essa reconsideração da VW surge como uma surpresa, dado seu compromisso precoce e vigoroso com os EVs, especialmente após o escândalo do Dieselgate.
A decisão de aumentar o foco em PHEVs é uma resposta prática às atuais condições de mercado, reconhecendo que, embora os veículos elétricos sejam o futuro, a demanda atual por híbridos plug-in é significativa e não pode ser ignorada.
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