Breve no Brasil: veja o que os indianos estão achando do Citroën Basalt
Modelo estreia neste semestre com a missão de posicionar a Citroën de maneira mais competitiva no segmento de SUVs compactos
César Tizo - setembro 2, 2024
Falta pouco tempo para a estreia definitiva do Citroën Basalt no mercado brasileiro, modelo que será fabricado em Porto Real (RJ) ao lado dos irmãos C3 e C3 Aircross. Com ares de SUV-cupê, ou até mesmo um “sedã crossover” de visual arrojado, o produto é a mais nova aposta da montadora francesa para elevar sua participação de mercado em alguns mercados relevantes entre os países emergentes, como é o caso de Brasil e Índia.
Aproveitando o lançamento do Citroën Basalt no mercado asiático, o Guru dos Carros apresenta um resumo das primeiras impressões da imprensa especializada indiana sobre o modelo, destacando algumas características que também serão encontradas no SUV brasileiro. Vamos, então, às constatações.
Plataforma, design e dimensões do Citroën Basalt
Baseado na plataforma CMP, a mesma utilizada pelos modelos C3 e C3 Aircross, o Basalt, assim como seus irmãos, foi concebido para manter os custos competitivos e oferecer um posicionamento de mercado mais agressivo em relação aos seus pares.
Na parte dianteira, o novo SUV compartilha muitos componentes com seus irmãos de plataforma, sendo que é apenas a partir da coluna B (centro do veículo) que o Basalt começa a mostrar suas diferenças, principalmente em sua silhueta, com o teto inclinado e linhas que fluem até a traseira bem esculpida. A dianteira exibe o tradicional logotipo do Duplo Chevron da Citroën, enquanto a traseira impressiona com o design sofisticado das lanternas e um discreto spoiler integrado ao porta-malas.
Apesar da boa presença que o veículo denota, os indianos consideraram que as rodas de liga leve aro 16″ presentes na configuração topo de linha do Basalt indiano parecem subdimensionadas em relação ao restante do veículo, interferindo no design final do veículo.
O Basalt mede 4.352 mm de comprimento, 1.765 mm de largura e 1.593 mm de altura, com um entre-eixos de 2.651 mm, garantindo um bom espaço interno e um porte elegante, salientam os indianos. Apenas como comparação o Hyundai Creta produzido no Brasil alcança 4.300 mm de comprimento, 1.790 mm de largura, 1.635 mm de altura e 2.610 mm de entre-eixos.
Interior do Citroën Basalt
Por dentro, relatam os indianos, o Basalt se destaca pelo ambiente iluminado, com acabamento em tons claros e detalhes que criam uma sensação de requinte. A qualidade dos materiais é superior à de outros modelos da Citroën do programa C-Cubed, com revestimentos em couro sintético e novos painéis de controle. Os bancos dianteiros são confortáveis e oferecem uma boa posição de condução, com apoio de braço deslizante, embora a direção não conte com ajuste de profundidade.
No banco traseiro, os passageiros desfrutam de um excelente conforto e espaço, com encostos de cabeça ajustáveis e apoios de coxa retráteis na versão automática. No entanto, o sistema de alerta de cinto de segurança pode incomodar, já que é necessário prender os cintos mesmo sem ocupantes nos bancos traseiros, para evitar o aviso sonoro.
O porta-malas de 470 litros é amplo e o acesso é facilitado pela tampa traseira que se abre completamente, incluindo o vidro traseiro. O Hyundai Creta já citado anteriormente, que é uma das referências nesse quesito, oferece porta-malas para 422 litros de bagagens.
Recursos e tecnologia do Citroën Basalt
O Basalt topo de linha é bem equipado no mercado indiano, com faróis de LED, rodas de liga leve de 16 polegadas, retrovisores com rebatimento elétrico, ar-condicionado automático digital, carregador de smartphones sem fio e 6 airbags. A central multimídia de 10,2 polegadas, compatível com Android Auto e Apple CarPlay, é intuitiva e oferece uma boa experiência de uso. Apesar disso, alguns itens que poderiam atrair mais consumidores ao SUV, como teto solar, câmeras 360 graus, bancos dianteiros ventilados e ajuste telescópico da direção, ainda fazem falta, especialmente considerando a concorrência.
Desempenho e conforto ao dirigir
Na Índia, o Citroën Basalt é oferecido com motor 1.2 em variantes aspirada e turbo, dependendo da versão do SUV. Aqui no Brasil, por sua vez, o Basalt fabricado em Porto Real deverá oferecer o propulsor 1.0 GSE já aplicado no C3 Aircross e no recém-lançado C3 YOU!, além de outros modelos da Stellantis. Com turbo e injeção direta, o 1.0 GSE alcança até 130 cv e 20,39 kgfm de torque, trabalhando em conjunto com o câmbio automático CVT. Assim como observamos no C3 Aircross, a combinação mecânica deverá resultar em desempenho mais do que suficiente para o Basalt.
Devido à discrepância nos motores utilizados na Índia e, futuramente, aqui no Brasil, as impressões dos indianos sobre a performance do Basalt não são condizentes com o que vamos observar no SUV aqui no Brasil, entretanto, na parte dinâmica, os colegas destacaram a atuação competente da suspensão. Focada no conforto, ela absorve bem as irregularidades do piso, destacam os indianos, proporcionando uma condução suave, característica marcante da Citroën. A direção, embora um pouco pesada em baixas velocidades, é precisa e transmite confiança ao motorista, acrescentam os relatos da mídia indiana.
Conclusão
Espera-se que o Citroën Basalt seja lançado no Brasil com um conjunto equilibrado, que inclui design diferenciado, conforto e praticidade, especialmente considerando seu grande porta-malas e boa altura em relação ao solo (18 cm, na Índia). Podemos esperar ainda que o Basalt adote uma proposta agressiva de preço, a qual, combinada ao visual mais dinâmico, pode ser a chave para a Citroën finalmente possa ganhar tração no mercado brasileiro. Agora, resta saber se o modelo será capaz de conquistar o coração dos consumidores em um segmento tão competitivo. Vamos acompanhar.
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