Atualmente, para cada veículo novo vendido, são negociadas, em média, de 5 a 6 unidades de automóveis usados
César Tizo - setembro 13, 2024
Consultor Marcelo Cavalcante de Lima analisa o atual panorama do setor de veículos usados no mercado brasileiro:
Para cada veículo novo vendido, são negociadas, em média, 5 a 6 unidades de usados.
As vendas acumuladas de veículos usados em agosto totalizaram 7.545.278 unidades, um crescimento de 8,71% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mantido esse ritmo, o setor deve encerrar 2024 com um volume superior a 11 milhões de automóveis e comerciais leves vendidos. O recorde histórico foi em 2021, quando foram comercializadas 11.404.428 unidades.
Esta análise foca no segmento de automóveis e comerciais leves. O volume total de veículos, incluindo caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros, chegou a 10.225.961 unidades em agosto, sendo 7.545.278 de automóveis e leves, 230.265 de caminhões, 29.520 de ônibus, 2.288.379 de motos, 70.721 de implementos e 61.800 de outros.
Nos últimos dez anos, as vendas de seminovos se mantiveram estáveis, com uma média anual de 10,5 milhões de unidades. O mercado de usados tem se mostrado uma alternativa rentável, especialmente em períodos de queda nas vendas de veículos novos.
Nos últimos anos, o setor antecipou diversas mudanças, como a digitalização das operações comerciais e o avanço das plataformas digitais de vendas. A gestão de produtos também se modernizou, com novas empresas de precificação reduzindo margens de erro na compra e antecipando possíveis quedas no mercado. As plataformas de repasses expandiram a atuação territorial, trazendo maior organização e lucro para o setor. Planilhas tradicionais foram substituídas por relatórios avançados, aumentando a eficiência.
O crescimento das frotas das locadoras foi outro fator que impulsionou o mercado de usados. Com lojas próprias e veículos mais novos, as locadoras abastecem tanto consumidores finais quanto lojistas.
Apesar do crescimento, o setor ainda enfrenta limitações relacionadas à capacidade de compra e às variações nas linhas de crédito. Para o próximo ano, a expectativa é de manutenção do atual cenário.
O consumidor também conta com mais ferramentas, como empresas de vistorias e plataformas de preços que auxiliam na decisão de compra. No entanto, o mercado ainda precisa evoluir em áreas como a prevenção de golpes, garantias e transparência em financiamentos. Problemas como fraudes e reclamações continuam sendo desafios para o setor.
Para garantir uma compra segura, o consumidor deve tomar alguns cuidados: procurar empresas tradicionais, conferir o laudo de vistoria com outras empresas especializadas se necessário, evitar preços muito abaixo do mercado, exigir nota fiscal ao negociar com pessoa jurídica, comparar diferentes opções de financiamento e manter cópias de todos os documentos assinados. Além disso, é essencial esclarecer todas as dúvidas antes de fechar a compra.
