Leitor está com dúvida sobre os diferentes tipos de transmissão com dupla embreagem e pediu nossa análise
César Tizo - outubro 18, 2024
Qual é a diferença entre o antigo câmbio PowerShift da Ford e outras transmissões de dupla embreagem, como a do Tiggo 7 Pro? – pergunta enviada por José
José, obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
Sua questão é muito interessante e ajuda a desmistificar alguns pontos envolvendo as transmissões de dupla embreagem. Basicamente, existem duas configurações principais dessas caixas automatizadas: as que possuem o par de embreagens imerso em óleo e as que adotam o cárter seco.
Em resumo, os câmbios com as embreagens banhadas em fluido específico apresentam maior durabilidade, menos ruídos e são capazes de atender motores com torque superior. Um exemplo desse tipo de transmissão é caixa DCT aplicada em alguns modelos da CAOA Chery, incluindo o Tiggo 7 Pro Max Drive.
A antiga transmissão PowerShift, que a Ford utilizou em alguns de seus modelos no Brasil, como o Fiesta e o Focus, é uma transmissão de dupla embreagem seca. Embora esse sistema não seja intrinsicamente problemático, a má reputação da caixa da Ford se deve a uma falha crônica de projeto, que foi posteriormente corrigida pela empresa em parceria com sua fornecedora.
De modo geral, as caixas de dupla embreagem mais recentes tendem a priorizar o uso de embreagens banhadas a óleo. Vale salientar que esse tipo de transmissão é considerado um dos mais eficientes do mercado, pois proporciona trocas muito mais rápidas, reduzindo o consumo de combustível e aprimorando o desempenho do veículo.
Um ótimo exemplo é o que ocorre com o Renault Kardian nacional. As versões equipadas com a transmissão de dupla embreagem EDC (banhada a óleo), apresentam números de consumo e performance mais favoráveis em comparação com a nova opção de entrada com câmbio manual 6 marchas.
Espero ter ajudado!
