B6.7 Etanol: conceito da Cummins une vantagens do biocombustível com a robustez de um motor diesel
Tradicional motor 6.7 a diesel ganha protótipo movido a etanol de olho na sustentabilidade e menor custo de operação para frotistas
César Tizo - novembro 4, 2024
Na Fenatran 2024, a maior feira de transportes de carga e logística da América Latina, a Cummins Brasil revelou seu mais recente conceito: o interessante motor B6.7 movido a etanol. Esta iniciativa representa um avanço significativo para a empresa, que explora o uso do biocombustível renovável como uma alternativa estratégica para o transporte rodoviário brasileiro.
“O Brasil está em uma posição única para avançar de forma sustentável e precisamos reconhecer o imenso potencial da nossa matriz energética e infraestrutura. É essencial encontrarmos soluções que combinem inovação e viabilidade econômica”, declarou Adriano Rishi, presidente da Cummins Brasil. A estratégia da empresa está alinhada à visão de “Destino ao Zero”, que visa garantir uma transição equilibrada entre progresso tecnológico e sustentabilidade.
O motor B6.7 Etanol se destaca por ser o primeiro motor turboalimentado com ignição por centelha e baixas emissões de óxido de nitrogênio (NOx). Equipado com um cabeçote de duplo comando de válvulas e um sistema de injeção a 350 bar, o motor entrega 325 hp (330 cv) a 2.800 rpm e torque de 895 Nm (91,2 kgfm) a 1.800 rpm. Sua construção a partir da tradicional plataforma B, que acumula mais de 40 anos e 13 milhões de unidades produzidas, alia a durabilidade de um motor diesel, nas palavras da Cummins, com as vantagens ambientais do biocombustível.
Motor B6.7 Etanol: conceito revelado pela Cummins na Fenatran 2024
Entre os diferenciais do motor B6.7 Etanol está a simplificação dos sistemas de pós-tratamento, eliminando a necessidade de adição de Arla 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), solução de ureia em água desmineralizada que reduz a emissão de óxidos de nitrogênio nos veículos a diesel. Conforme a Cummins realça, essa característica resulta em menores custos operacionais e de manutenção, além de manter o motor em conformidade com normas de emissões mais rígidas.
“O etanol é uma realidade consolidada no Brasil desde os anos 70, sendo um combustível sustentável com uma infraestrutura de distribuição bem estabelecida em todo o país”, acrescenta Rishi. O B6.7 Etanol se mostra como uma alternativa viável para diversas aplicações, como ônibus, caminhões leves, picapes, vans e trailers, adaptando-se às demandas específicas de cada segmento.
Calibrado para maximizar a potência e o torque, o motor é ideal para as condições operacionais brasileiras, incluindo altas temperaturas e variações climáticas extremas, conclui a Cummins. Até o momento a empresa não revelou uma previsão de chegada do novo propulsor ao mercado.
Picape Ram 3500 é um dos veículos vendidos no Brasil que conta com o propulsor 6.7 a diesel da Cummins: motor atual é a base para o estudo movido a etanol revelado na edição deste ano da Fenatran
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