Grupo SHC inaugura laboratório para recuperação de baterias de veículos elétricos no Brasil
Iniciativa reduz custos de manutenção de veículos elétricos com substituição de células defeituosas, promovendo economia, eficiência e sustentabilidade ambiental
César Tizo - novembro 11, 2024
O Grupo SHC anunciou a inauguração do primeiro laboratório de recuperação de baterias automotivas do Brasil. A nova instalação, detalha a empresa, tem como objetivo reparar baterias de veículos elétricos substituindo apenas as células danificadas, evitando a troca completa do pack de baterias. De acordo com Sergio Habib, fundador do Grupo SHC e presidente da JAC Motors Brasil, a proposta “revoluciona a manutenção de veículos elétricos“, promovendo acessibilidade e sustentabilidade ao tornar o serviço mais econômico.
Essa tecnologia inovadora é um marco para o setor automotivo nacional. Em vez de substituir toda a bateria — procedimento que pode representar até 55% do valor de um veículo elétrico — o reparo de células individuais reduz custos e evita o descarte em larga escala, um dos principais desafios ambientais associados a veículos eletrificados.
Para desenvolver o projeto, o Grupo SHC investiu mais de US$ 1 milhão em equipamentos de diagnóstico de alta tensão. Além disso, engenheiros da empresa receberam treinamento avançado na China, enquanto especialistas do Oriente vieram ao Brasil para calibrar os novos sistemas. O processo tecnológico permite identificar células com defeito, geralmente causadas por impurezas no processo produtivo, e repará-las com precisão. Após a identificação, as células danificadas são removidas e substituídas com soldagem a laser, sendo posteriormente equilibradas em voltagem.
Nicolas Habib, Chief Operating Officer da JAC Motors Brasil, destacou que, em um ano, a iniciativa pode evitar o descarte de mais de 15.000 kWh de baterias, promovendo um grande impacto ambiental positivo.
Como é feita a recuperação da bateria de carros elétricos?
1º – Identificação das células danificadas: Um multímetro, equipamento de alta precisão, é utilizado para medir a capacidade das células e identificar o núcleo com baixa voltagem.
2º – Remoção do núcleo defeituoso: O núcleo danificado é removido com o auxílio de uma serra-copo, cortando apenas a área necessária para sua extração. Em seguida, ele é substituído por um novo núcleo.
3º – Soldagem a laser: Posteriormente, uma soldagem a laser é realizada para conectar o novo núcleo ao conjunto de células do módulo reparado.
4º – Balanceamento das células: O módulo é colocado em uma balanceadora que ajusta a carga do novo núcleo para igualar a voltagem das células existentes. O processo completo leva, em média, três dias por módulo.
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