Uso de Arla 32 adulterado prejudica motores a diesel e aumenta emissões
Substituição da ureia automotiva por versões inadequadas pode danificar catalisadores, elevar custos de manutenção e comprometer metas ambientais
César Tizo - fevereiro 13, 2025
A adulteração do Arla 32, agente essencial para a redução de emissões em motores a diesel, tem se tornado um problema crescente no Brasil. O uso de versões fora das especificações compromete não apenas a durabilidade dos veículos, mas também o cumprimento das normas ambientais. A Usiquímica, uma das principais fabricantes do insumo no país, alerta para os riscos dessa prática e reforça a importância de adquirir o produto de fornecedores confiáveis.
A principal forma de adulteração ocorre quando a ureia automotiva de alta pureza é substituída pela ureia fertilizante. Embora mais barata, essa versão contém aditivos como formaldeído, que podem danificar o sistema de pós-tratamento de emissões, reduzir a eficiência dos catalisadores e aumentar o consumo de combustível. “Isso gera falhas mecânicas recorrentes e compromete o controle de emissões, elevando os níveis de poluição e prejudicando a qualidade do ar“, explica Everton Minatti, gerente de Operações da Usiquímica.
O Brasil segue as diretrizes do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que exige reduções significativas nas emissões de NOx. Com o Arla 32 correto, motores a diesel em conformidade com a norma Euro V reduzem em até 80% os poluentes, enquanto a tecnologia Euro VI pode alcançar uma queda de até 90%. A adulteração do insumo compromete esses avanços e impede que o país atinja suas metas ambientais.
Além dos danos mecânicos e ambientais, a falta de um código específico na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) para a ureia automotiva dificulta a fiscalização e permite a comercialização de produtos inadequados. Para evitar prejuízos, a fabricante de produtos químicos recomenda que transportadores e frotistas adquiram apenas Arla 32 certificado pelo Inmetro e fiquem atentos a preços muito abaixo do mercado.
“A procedência do Arla 32 é um fator crítico para a durabilidade dos veículos e para o meio ambiente. A escolha de um produto certificado evita custos elevados com manutenção e contribui para um transporte mais sustentável“, conclui Minatti.
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