Câmbio automático: cuidado com os mitos sobre a troca de fluido

Muitos motoristas ainda acreditam em mitos sobre a manutenção dos veículos, especialmente no que diz respeito à troca do fluido de transmissão. A falta de consenso entre as montadoras sobre a necessidade dessa substituição contribui para a propagação de informações imprecisas, podendo resultar em problemas mecânicos graves.

Para alertar os motoristas sobre erros comuns na conservação do fluido de transmissão, a Motul, multinacional francesa especializada em lubrificantes e fluidos automotivos, destacou os principais mitos que cercam esse componente essencial.

Mitos mais comuns sobre o fluido de transmissão

1. Todos os fluidos de transmissão são iguais – Falso. Cada veículo possui requisitos específicos para o fluido de transmissão, sendo essencial verificar qual produto é recomendado pelo fabricante.
   
2. A cor do fluido deve ser vermelha – Falso. A coloração é apenas um elemento de identificação do produto e não tem relação com o desempenho técnico.
   
3. Fluido de transmissão é vitalício – Falso. Esse é um dos mitos mais perigosos. O fluido sofre degradação ao longo do tempo devido ao calor, ao desgaste das peças internas e à contaminação por partículas. Oficinas especializadas recomendam a troca em intervalos médios de 50 mil quilômetros ou três anos para evitar danos irreversíveis.

O impacto da degradação do fluido

A transmissão automática é um dos componentes mais complexos do veículo, e seu funcionamento depende diretamente da qualidade do fluido. Com o tempo, o líquido perde suas propriedades lubrificantes, aumentando o risco de superaquecimento, formação de espuma e desgaste acelerado de embreagens, válvulas e solenóides.

Danilo Silva, engenheiro de aplicação da Motul, reforça a importância da troca periódica do fluido. “A maior parte dos problemas nas transmissões automáticas acontece devido à degradação e contaminação do fluido. Com o tempo, ele perde suas propriedades lubrificantes e pode comprometer o desempenho do câmbio, levando a falhas que exigem reparos caros”, explica Silva.

Na hora da substituição, é essencial utilizar o fluido adequado, conforme especificações do fabricante do veículo. O uso de um produto inadequado pode gerar danos à transmissão e comprometer a segurança do automóvel.

Manter-se informado e seguir as recomendações de especialistas é a melhor forma de garantir a longevidade da transmissão do veículo e evitar custos desnecessários com manutenção corretiva.

Está em dúvida sobre qual carro comprar e deseja uma ajuda do Guru dos Carros? Então clique aqui e envie sua pergunta!