País registrou o maior número de autuações por excesso de velocidade nos últimos cinco anos; avanço de sinal vermelho também preocupa
César Tizo - abril 3, 2025
A primeira multa de trânsito da história foi aplicada no Reino Unido em 1896, quando um motorista foi penalizado por excesso de velocidade ao conduzir um Arnold Benz Motor Carriage.
No Brasil, não há registros precisos sobre a primeira autuação, mas a regulamentação do trânsito começou em 1922 com o Decreto Legislativo nº 4.460. Mais de um século depois, o Brasil atingiu números recordes de multas em 2024.
Entre janeiro e outubro, foram mais de 234 milhões de infrações no país, o que equivale a impressionantes 32 mil multas por hora, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O excesso de velocidade lidera o ranking de infrações, representando 40% das autuações no período.
Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou mais de 4,8 milhões de multas por avanço de sinal vermelho até outubro, com uma média de um motorista autuado a cada três minutos.
Além do impacto no trânsito e na segurança viária, o volume de infrações reflete no caixa dos municípios. Apenas a prefeitura de São Paulo arrecadou R$ 1,6 bilhão em multas em 2023, um aumento expressivo em relação aos R$ 1,1 bilhão registrados no ano anterior.
Com o aumento das autuações, cresce também a busca por soluções que facilitem a regularização dos débitos. Empresas como a Zapay, por exemplo, oferecem plataformas digitais que permitem a consulta de multas pela placa do veículo e a possibilidade de parcelamento do pagamento em até 12 vezes no cartão de crédito, o que pode trazer algum alívio para os motoristas.
