Combustíveis devem ficar mais baratos em 2025 com petróleo em queda
Queda do petróleo reduz pressão sobre combustíveis e projeta alívio para inflação neste ano; saiba mais
César Tizo - abril 14, 2025
Os preços dos combustíveis permaneceram estáveis no mês de março, acompanhando o movimento de queda do petróleo no mercado internacional. De acordo com a GEP Costdrivers, plataforma de análise e projeção de dados voltada a profissionais de compras, o cenário global indica uma tendência de retração nos valores do barril, puxada por excesso de oferta e pela desaceleração econômica provocada pelas novas medidas protecionistas dos Estados Unidos.
Segundo os dados levantados pela GEP, o barril Brent teve queda de 4,7% em março na comparação com fevereiro, enquanto o WTI recuou 4,6%, alcançando os menores patamares desde agosto de 2021. A projeção para os próximos 12 meses indica uma retração de até -11,4% no Brent e -14,6% no WTI, reforçando a perspectiva de um ano com combustíveis mais baratos.
No Brasil, esse movimento já contribui para a estabilização nos preços da gasolina e do diesel, diminuindo a probabilidade de reajustes ao longo de 2025. O cenário é influenciado também pela perspectiva de novas quedas no barril ao longo de abril, em meio à expansão da oferta e incertezas econômicas globais.
A análise da GEP Costdrivers destaca que a política tarifária dos Estados Unidos pode frear ainda mais a demanda global por energia, gerando um cenário de superoferta no segundo semestre. Países como Brasil, Canadá, Guiana e integrantes da OPEP também ampliaram a produção recentemente, o que deve manter a pressão de baixa sobre o petróleo e seus derivados.
Se confirmada, essa tendência pode colaborar para a desaceleração da inflação no Brasil, especialmente pela redução dos custos com transporte nos setores agrícola, industrial e da construção civil. Ainda assim, a GEP alerta que o mercado segue volátil, com possíveis impactos do câmbio, da demanda chinesa e de eventos geopolíticos.
Nesse ambiente, a recomendação é que profissionais de compras e logística reforcem o uso de inteligência de dados para tomar decisões estratégicas diante de um cenário econômico ainda incerto.
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