Tiggo 5x se mantém como o carro mais lucrativo do Brasil, enquanto Toyota avança com Yaris, Corolla e Corolla Cross
César Tizo - abril 23, 2025
A CAOA Chery segue na dianteira absoluta entre as marcas que mais oferecem retorno sobre investimento (ROI) com carros seminovos de até 3 anos, segundo o Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados (PVU), realizado pela Auto Avaliar.
Em março, a rede CAOA Chery alcançou um ROI de 182%, muito acima da média do mercado (66%) e da segunda colocada, a Mitsubishi (85%). A Honda aparece em terceiro com 82%.
O destaque da marca continua sendo o Tiggo 5x, com preço médio de R$ 103.082, margem bruta de 10,7% e giro de estoque em 23 dias, o que o mantém como o modelo mais rentável no país.
A pesquisa também revelou a ascensão dos modelos da Toyota, que agora ocupam a segunda, terceira e quarta posições do ranking. O Yaris Hatch, com preço médio de R$ 87.494, apresentou a maior margem (11,3%), seguido do Corolla (R$ 134.165, margem de 9,6%) e do Corolla Cross (R$ 143.284, mesma margem). O tempo médio de giro desses modelos variou entre 27 e 33 dias.
Outra tendência apontada pelo estudo é o avanço no retorno de segmentos compactos. Os hatches das categorias A e B registraram ROI entre 76% e 77%, enquanto os sedãs médios (segmento C) atingiram 116% e os SUVs médios (segmento C), 87%.
O levantamento considerou 2.867 concessionárias de 23 marcas, com dados coletados via plataforma Auto Avaliar, que opera em 7 países e movimenta anualmente US$ 1,4 bilhão.
Em meio à alta demanda, o preço médio dos seminovos seguiu em trajetória ascendente e fechou março com recorde de R$ 85.563, uma alta de 2,89% em relação a fevereiro e de 6% sobre janeiro. Para efeito de comparação, o IPCA ficou em 0,56% no mês passado.
Segundo Fábio Braga, Country Manager da MegaDealer, a valorização dos usados é reflexo da maior procura por veículos com melhor relação custo-benefício, frente aos preços elevados dos modelos zero quilômetro.
Em março, foram negociados 865.746 carros e comerciais leves usados, com um crescimento de 3,9% no acumulado do primeiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2024.
