Especialista explica como cada cor está ligada à tecnologia do fluido e alerta sobre os riscos de misturar aditivos diferentes
César Tizo - maio 26, 2025
Você já percebeu que o fluido do radiador do seu carro pode ter diferentes cores — como verde, azul, rosa ou até laranja? Apesar de muitos motoristas pensarem que se trata apenas de uma escolha estética, a coloração tem uma função técnica importante: identificar o tipo de tecnologia do aditivo e facilitar a detecção de vazamentos no sistema de arrefecimento.
Segundo Jefter Oliveira, especialista em Fluido Automotivo da Tirreno, a cor do aditivo indica sua formulação e o tipo de proteção que oferece ao motor. “Nem sempre as cores seguem um padrão universal entre as marcas. Por isso, é fundamental consultar o manual do veículo e verificar as especificações do fabricante antes de escolher ou completar o fluido de arrefecimento”, alerta o especialista.
No portfólio da Tirreno, por exemplo, cada cor representa uma tecnologia diferente. O fluido verde (IT-C) corresponde à tecnologia inorgânica, mais comum em veículos clássicos e na linha diesel. Esse tipo oferece proteção anticorrosiva, mas tem menor durabilidade — exigindo troca a cada 36 meses ou 80 mil km na linha leve, e até 160 mil km na linha diesel.
Já os fluidos laranja ou com tonalidades avermelhadas (OT-C) indicam aditivos de tecnologia orgânica, voltados para motores com bloco de alumínio. Conhecidos como “long life”, esses produtos garantem proteção prolongada, com intervalos de troca que podem chegar a 60 meses ou 240 mil km.
Por fim, os fluidos rosa (HT-E) e azul-esverdeado (HT-A) representam tecnologias híbridas — que combinam os benefícios das formulações orgânicas e inorgânicas. São indicados por montadoras europeias e asiáticas e atendem aos mais altos padrões internacionais, com a mesma durabilidade dos aditivos long life.
Independentemente da cor, a recomendação dos especialistas é nunca misturar produtos com tecnologias diferentes, já que isso pode provocar reações químicas indesejadas, como entupimento das galerias do motor e perda de eficiência térmica.
Em uma situação emergencial com perda repentina de volume no reservatório, é possível utilizar produtos como o Tirreno Global Invisible, um fluido com tecnologia orgânica compatível com todos os tipos de aditivos disponíveis no mercado.
O Global Invisible não contém nitritos, fosfatos, silicatos nem aminas, e utiliza inibidores de corrosão de longa duração. Por ser transparente, não interfere na coloração original do fluido do sistema. Além de ser ideal para manutenções corretivas simples, o produto também pode ser utilizado para a troca completa do fluido, já que vem pronto para uso.
Para garantir a durabilidade e o bom funcionamento do motor, Oliveira reforça a importância de verificar regularmente o nível do fluido de arrefecimento, especialmente em dias quentes ou antes de viagens longas. “Evite completar com água comum, pois ela não protege contra corrosão, fervura e congelamento. O ideal é usar um produto confiável, que assegura a continuidade da proteção e do controle térmico do motor”, finaliza.
