Carro ainda é o meio de transporte preferido e mais seguro para os brasileiros, aponta pesquisa
Estudo revela que 73% se sentem mais seguros ao se locomover de carro; 53% pretendem comprar um automóvel nos próximos seis meses e tráfego urbano é apontado como o maior incômodo
César Tizo - agosto 4, 2025
O carro segue como o meio de transporte preferido e considerado mais seguro pela maioria dos brasileiros. É o que revela a nova edição da pesquisa Tendências do Consumidor – Mobilidade Urbana, conduzida pelo Data OLX Autos, braço de inteligência automotiva do Grupo OLX. Segundo o levantamento, 73% dos entrevistados afirmaram se sentir mais seguros ao utilizar o automóvel para seus deslocamentos.
Na sequência, os modais que também transmitem sensação de segurança são os aplicativos de transporte (65%), o táxi (56%) e o deslocamento a pé (51%). Ainda de acordo com o estudo, 72% dos participantes são proprietários de algum tipo de veículo — sendo o carro o mais comum, presente na garagem de 93% desses entrevistados. Em seguida vêm a motocicleta (33%), picapes e caminhonetes (15%) e caminhões (5%).
Flávio Passos, vice-presidente de Autos do Grupo OLX, destaca que o trânsito urbano continua sendo o maior incômodo nos deslocamentos diários, citado por 75% dos participantes. Já os altos custos com combustível, pedágio e estacionamento preocupam 55% dos respondentes.
O uso frequente do automóvel também foi confirmado por 49% dos entrevistados. A pé, o deslocamento aparece em segundo lugar (23%), seguido pelas motocicletas (16%). Entre os que pretendem adquirir um carro nos próximos seis meses — 53% dos entrevistados —, esse número sobe para 54%.
Entre as finalidades mais comuns para o uso do carro estão visitas a amigos e familiares (71%), idas a hospitais, clínicas, locais de lazer e esporte (69%), além de supermercados e padarias (63%). Já o deslocamento a pé é utilizado, principalmente, para farmácias (49%), parques e supermercados (42%) e academias (36%).
Mobilidade
Na avaliação da mobilidade urbana, apenas 21% classificam a fluidez do trânsito como “boa” ou “ótima”. As ciclovias e ciclofaixas foram as mais criticadas: 58% as consideram “ruins” ou “péssimas”. No transporte por aplicativo, 52% avaliaram a oferta como positiva, enquanto 61% fizeram críticas à disponibilidade de alternativas individuais como bicicletas e patinetes.
O levantamento também investigou o uso da bicicleta: 31% afirmam utilizar o modal em sua rotina, mas apenas 4% das bikes são elétricas. A maioria (92%) usa bicicleta própria. Já o hábito de pegar carona ainda é pouco comum — 74% disseram não ter esse costume.
Com o crescimento dos veículos elétricos, a pesquisa apontou que 70% dos proprietários de modelos eletrificados realizam a recarga em casa ou no condomínio. Em viagens longas, 53% planejam previamente as paradas em pontos de recarga, enquanto 42% procuram os locais durante o trajeto.
Custos
Na percepção sobre preços, 91% dos respondentes observaram aumento no valor dos carros novos nos últimos 12 meses, seguido por combustível (90%) e seguro (88%). Para os próximos 12 meses, a expectativa continua pessimista: 88% projetam alta nos preços de carros novos e combustíveis. A exceção está nos seminovos ou usados, cujo preço pode cair, segundo 10% dos entrevistados.
Em relação aos veículos autônomos, 73% já ouviram falar sobre a tecnologia. Para 87%, o desenvolvimento desses modelos depende de melhor infraestrutura nas cidades. Apesar disso, 75% consideram os carros autônomos uma inovação promissora.
A pesquisa do Data OLX Autos foi realizada entre os dias 28 de abril e 22 de maio com 1.210 pessoas de todas as regiões do país. A amostra é composta majoritariamente por homens (85%), pessoas casadas (65%) e com filhos (72%). A faixa etária predominante é da Geração X (56%), e a maioria pertence à classe B (46%).
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