Reparos de carros elétricos ficam mais baratos, mas ainda custam mais que em veículos a combustão
Na Alemanha, consertos de VEs caem à medida que oficinas ganham experiência, mas continuam 15-20% mais caros que modelos térmicos
César Tizo - agosto 15, 2025
O custo de reparos de veículos elétricos (VEs) na Alemanha começou a cair, mas ainda permanece acima do de modelos com motor a combustão interna (MCI). De acordo com a Associação Alemã de Seguros (GDV), as indenizações médias de seguros para VEs eram 20-25% mais altas que as de veículos similares a combustão no ano passado, e atualmente a diferença caiu para 15-20%.
O preço mais elevado dos consertos está relacionado à complexidade técnica dos carros elétricos. Baterias de alta tensão, motores elétricos e sistemas eletrônicos avançados exigem ferramentas específicas e procedimentos de segurança rigorosos, elevando o custo do trabalho e o tempo de reparo. Além disso, peças como módulos de controle eletrônico e baterias continuam mais caras do que componentes equivalentes em carros a combustão.
Segundo Anja Käfer-Rohrbach, vice-diretora-geral da GDV, a experiência acumulada por oficinas, empresas de guincho, bombeiros e avaliadores tem ajudado a reduzir os custos. “Quanto mais carros elétricos circulam, menores são as diferenças de custos em relação a veículos com motor a combustão. O aumento da variedade de modelos também permite que profissionais e clientes se familiarizem com reparos específicos de VEs”, explica.
O estudo da GDV analisou o período de 2021 a 2023, quando a frota elétrica ainda era menor. Hoje, a Alemanha conta com cerca de 1,65 milhão de VEs, cinco vezes mais que em 2021, representando 3,3% de todos os veículos do país. A expectativa é que, à medida que a frota cresce e os processos de reparo se tornam mais padronizados, a diferença de custo entre VEs e carros com propulsão térmica convencional diminua ainda mais.
O movimento de queda nos preços também reflete a adaptação do mercado a veículos elétricos. Oficinas ganham experiência em diagnósticos rápidos e procedimentos de segurança para alta tensão, enquanto fornecedores ampliam a oferta de peças de reposição, tornando o pós-venda mais eficiente. Para especialistas, essas mudanças indicam que os VEs estão se tornando parte do “novo normal” ao menos no trânsito alemão, com reparos cada vez mais próximos do custo praticado para carros a combustão.
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