BYD Dolphin Mini surpreende e desvaloriza menos que o carro de passeio mais vendido do Brasil
Modelo chinês, que será nacionalizado em breve, é o carro elétrico mais emplacado em nosso mercado atualmente
César Tizo - setembro 18, 2025
Para quem ainda demonstra preocupação com a revenda dos automóveis elétricos no mercado de usados, um estudo divulgado pela Mobiauto nesta quinta-feira (18) pode ajudar a quebrar alguns paradigmas.
A empresa de marketplace automotivo comparou a desvalorização do carro elétrico mais vendido do Brasil com seu equivalente entre os modelos puramente a combustão, no caso o Volkswagen Polo.
No acumulado de 2025, o BYD Dolphin Mini foi a escolha de 19.516 consumidores, enquanto o modelo de entrada da marca alemã soma 83.061 emplacamentos, liderando o ranking de automóveis de passeio mais comercializados no país.
Para a pesquisa, a Mobiauto tomou como referência o Volkswagen Polo Track, versão mais acessível do hatch e responsável por grande parte de suas vendas, analisando o período de agosto de 2024 a agosto de 2025.
Nesse intervalo, o elétrico chinês apresentou desvalorização de apenas 7,85%, um desempenho significativamente melhor até mesmo do que o de modelos já consolidados no mercado nacional.
O Polo Track, por sua vez, desvalorizou 17% no mesmo período, com o preço médio de negociação caindo de R$ 89.990 para R$ 74.301.
Há um ano, o BYD Dolphin Mini custava R$ 115.800, enquanto atualmente pode ser negociado por R$ 106.715, segundo os responsáveis pelo levantamento.
Dolphin Mini: elétrico líder em vendas no Brasil agradou o público com sua proposta
Retenção de valor
O desempenho na retenção de valor reflete a posição dominante do Dolphin Mini entre os carros elétricos, sustentada por sua proposta orientada ao uso urbano, onde as vantagens da propulsão elétrica são mais percebidas.
Carro elétrico mais vendido do Brasil em 2024, com quase 22 mil emplacamentos, o modelo mantém a liderança na categoria desde sua chegada ao país, em fevereiro de 2023.
A menor desvalorização do Dolphin Mini em relação a um hatch convencional sugere que o mercado brasileiro para carros elétricos começa a amadurecer, com consumidores reconhecendo os benefícios de tecnologias alternativas.
Esse desempenho do BYD, no entanto, também pode estar ligado à oferta bem menor de seminovos elétricos em comparação aos modelos a combustão.
Ainda assim, o fenômeno protagonizado pelo Dolphin Mini também pode ser atribuído a diferenciais típicos dos elétricos, que começam a ser descobertos pelo público: ausência de ruídos e vibrações na condução, custo de propriedade reduzido – graças a revisões mais baratas e ao menor gasto com eletricidade residencial frente aos combustíveis tradicionais – e a crescente demanda por uma mobilidade menos poluente, fatores que tendem a sustentar o valor de revenda desses automóveis.
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