Tecnologia inovadora transforma sobras de madeira e vegetais em combustível
Empresa converte resíduos agrícolas e florestais em combustíveis renováveis e de baixo carbono para transporte marítimo e aéreo
César Tizo - outubro 31, 2025
A Honeywell apresentou uma tecnologia inédita que promete mudar a forma como o mundo produz energia. A empresa desenvolveu um processo capaz de transformar resíduos de madeira, palha e outros derivados de vegetais em combustíveis renováveis prontos para uso, voltados principalmente a setores de difícil descarbonização, como o transporte marítimo.
A novidade, chamada Biocrude Upgrading, utiliza biomassa de baixo custo — como cavacos de madeira e sobras de colheitas — para produzir combustível marítimo de baixo carbono, gasolina e até combustível sustentável de aviação (SAF).
Além de emitir menos poluentes, o novo combustível tem maior densidade energética do que boa parte dos biocombustíveis atuais, o que aumenta a autonomia das embarcações sem necessidade de adaptar os motores.
“A indústria marítima tem uma necessidade real de combustíveis renováveis que estejam imediatamente disponíveis e sejam economicamente viáveis”, explica Ken West, presidente da Honeywell Energy and Sustainability Solutions.
Outro diferencial é a produção próxima às áreas de coleta da matéria-prima, o que ajuda a reduzir custos logísticos. O biocru resultante pode ser posteriormente refinado em grandes instalações, originando diferentes tipos de combustíveis com desempenho comparável aos derivados fósseis.
Segundo José Magalhães Fernandes, CEO da Honeywell para a América Latina, a inovação reforça o papel da empresa na transição energética:
“Com nossa tecnologia Biocrude Upgrading, ajudamos indústrias essenciais a reduzir suas emissões sem comprometer eficiência ou competitividade.”
A solução também será oferecida em planta modular pré-fabricada, o que permite instalações mais rápidas e com menor custo.
O lançamento chega em um momento em que o setor marítimo busca alternativas ao óleo combustível pesado, que ainda responde por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa.
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