Diferença no preço dos combustíveis passa de 20% entre bairros de São Paulo
Estudo revela variação significativa no custo dos combustíveis na capital paulista; veja onde é mais vantajoso abastecer
César Tizo - novembro 10, 2025
Abastecer o carro em São Paulo pode pesar bem mais no bolso dependendo do bairro escolhido. Um levantamento da Veloe em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revelou que o preço dos combustíveis na capital paulista varia mais de 20% entre os distritos, considerando gasolina comum, etanol hidratado e diesel S-10.
Em setembro de 2025, o preço médio da gasolina comum na capital foi de R$ 6,13 por litro, com alta de 1,9% em relação a agosto e de 3,7% no acumulado de 12 meses. A diferença entre os distritos com maior e menor preço médio alcançou 20,1%, o equivalente a R$ 1,12 por litro — ou cerca de R$ 56 de diferença no abastecimento de um tanque de 55 litros.
Os distritos com gasolina mais cara foram Alto de Pinheiros (+9,5% acima da média), Morumbi (+7,4%), Jardim Paulista (+6,3%), Água Rasa (+5,2%) e São Rafael (+5,0%). Na outra ponta, os preços mais baixos foram registrados na Sé (-8,9%), Jaguara (-5,7%), Pari (-5,4%), Raposo Tavares (-5,2%) e Freguesia do Ó (-4,1%).
Etanol e diesel seguem mesmo padrão
O etanol hidratado registrou preço médio de R$ 4,17 por litro em setembro, com aumento de 3,7% no mês e 6,9% em 12 meses. A variação entre os distritos chegou a 20,8%, representando R$ 0,82 por litro ou R$ 44,90 por tanque de 55 litros.
Alto de Pinheiros (+13,9%), Jardim Paulista (+12,7%) e Morumbi (+10,7%) também lideraram os preços mais altos do etanol, enquanto Brasilândia (-5,8%), República (-5,7%) e Pari (-5,5%) apresentaram os valores mais baixos.
No caso do diesel S-10, o preço médio foi de R$ 6,20 por litro, com leve alta de 0,2% sobre agosto e incremento de 1,7% em 12 meses. A diferença entre distritos foi ainda maior: 27,9%, equivalente a R$ 1,53 por litro ou cerca de R$ 230 no abastecimento de 150 litros.
Brasilândia (+13,3%), Morumbi (+12,2%) e Vila Mariana (+10,1%) registraram os preços mais elevados. Já Tucuruvi (-11,4%), Pari (-9,1%) e Parelheiros (-8,1%) praticaram os valores mais baixos.
Renda e concorrência explicam diferenças
Segundo a Fipe, os preços dos combustíveis variam conforme o custo dos imóveis, perfil dos consumidores e concorrência local. Nos bairros de renda mais alta, como Morumbi, Alto de Pinheiros e Jardim Paulista, o público tende a ser menos sensível a preço e os postos têm custos operacionais mais elevados — fatores que encarecem o litro.
Nas regiões centrais e periféricas, com maior número de postos e clientela mais popular, os preços caem por causa da concorrência e da busca por volume de vendas. No caso do diesel, áreas ligadas a rotas logísticas e transporte comercial, como Tucuruvi e Parelheiros, costumam praticar valores menores para atrair caminhoneiros e motoristas de frota.
Os dados fazem parte da mais recente edição do Monitor de Preço de Combustível, estudo mensal elaborado pela Veloe em parceria com a Fipe. A iniciativa integra o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade desde fevereiro de 2023.
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