Picape média alcança 9ª geração com visual mais moderno, motor diesel mais eficiente e uma inédita opção totalmente elétrica
César Tizo - novembro 10, 2025
A Toyota revelou nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (10) a 9ª geração da Hilux, sua picape mais icônica e referência global em vendas. O lançamento mundial, realizado na Tailândia, marca uma nova era para o modelo, que pela primeira vez oferece versão 100% elétrica e terá até mesmo uma variante movida a célula de combustível a hidrogênio programada para 2028.
Aqui no Brasil, a atualização da Toyota Hilux é esperada para 2026, quando a fabricação na Argentina deverá ter início. Oficialmente, a marca ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Múltiplas opções de motorização
Seguindo a filosofia “multipath” da Toyota – que reconhece que diferentes mercados e necessidades exigem soluções específicas – a nova Hilux terá a mais ampla gama de motorizações já oferecida em um único modelo da companhia.
Para o mercado asiático, onde estreou na Tailândia sob o nome Hilux TRAVO (inspirado na fusão de “Travel” e “Voyage”), a picape oferece o tradicional motor 2.8 turbodiesel, tal como ocorre no Brasil, porém a unidade de potência foi aprimorada. Ele agora está 7,5% mais eficiente em consumo, seguindo com até 204 cv e 50 kgfm de torque quando associado ao câmbio automático.
Já na Europa, a Toyota seguirá com a Hilux Hybrid 48V no catálogo, com o início das vendas por lá ocorrendo a partir do segundo trimestre de 2026. O sistema micro-híbrido é baseado no motor 2.8 turbodiesel, oferecendo partidas mais suaves e melhor resposta nas acelerações, detalha a Toyota, mantendo capacidade de carga de até uma tonelada e reboque de até 3.500 kg. Os mercados do Leste Europeu ainda contarão com opções a diesel 2.8 (não eletrificada) e gasolina baseada no propulsor 2.7.
A revolução elétrica: Hilux BEV
A grande novidade para a 9ª geração da Hilux fica por conta das versões 100% elétricas, que começam a ser comercializadas a partir de dezembro de 2025 na Europa. Batizada de Hilux BEV no mercado europeu ou Travo-e na Ásia, a picape elétrica mantém a tradicional construção body-on-frame (chassi separado da carroceria), que, no caso da Hilux BEV, foi desenvolvida especificamente para proteger a bateria em uso off-road. A Hilux elétrica, acrescenta a Toyota, terá a mesma capacidade de transposição de trechos alagados dos versões a combustão, no caso 700 mm.
Equipada com bateria de íon-lítio de 59,2 kWh e tração integral AWD permanente graças aos dois motores elétricos (um por eixo), a Hilux BEV alcança 196 cavalos de potência combinada. A autonomia varia conforme o ciclo de medição: cerca de 315 km no padrão NEDC (Ásia) e aproximadamente 240 km no mais rigoroso WLTP (Europa). A capacidade de carga é de aproximadamente 715 kg, com reboque de até 1.600 kg. A recarga rápida DC pode chegar a 150 kW, minimizando o tempo de parada.
Hidrogênio no horizonte
A Toyota confirmou que uma versão da Hilux equipada com célula de combustível a hidrogênio, com emissões zero, está prevista para 2028, demonstrando o compromisso da marca com o potencial do hidrogênio como fonte de energia limpa e estimulando o desenvolvimento de infraestrutura para este tipo de propulsão na Europa.
Design “Tough and Agile”
A nova geração da Hilux será oferecida na Europa somente com cabine dupla, enquanto, na Tailândia e outros mercados vizinhos, a picape adiciona também as variantes de cabine simples e cabine estendida. O design exterior segue o tema “Resistente e Ágil”, com frente redesenhada de proporções mais imponentes e arrojadas. Os faróis afilados são conectados por uma barra central que exibe o nome TOYOTA em estilo clássico. Na versão elétrica, a grade tradicional é substituída por um tratamento aerodinâmico específico.
Novos detalhes incluem degrau lateral na caçamba para facilitar o acesso, estribos laterais com padrão hexagonal inspirado em favos de mel e rodas de liga leve aro 18″ com design exclusivo. As cores disponíveis incluem as inéditas Enxofre Marrom/Laranja e Cinza-Claro.
Interior inspirado no Land Cruiser
O interior adota o conceito de “Simplicidade Robusta”, com elevação na qualidade sensorial inspirada nos modelos mais recentes da família Land Cruiser. O console central tem design horizontal que acomoda painel de instrumentos digital de 12,3″ totalmente customizável e central multimídia touchscreen de até 12,3″.
O volante e a alavanca de câmbio seguem o design do Land Cruiser, reforçando o DNA off-road premium para as versões superiores da nova Hilux. A versão elétrica conta com seletor de marchas shift-by-wire de acionamento único. O acabamento em couro Softex, carregador wireless para smartphones e portas USB-C na traseira completam o pacote.
Tecnologia e segurança avançadas
Esta é a primeira Hilux equipada com direção elétrica assistida (EPS) em todas as versões, proporcionando operação mais direta, melhor manobrabilidade e menor risco de “coice” em terrenos irregulares.
O pacote de segurança para a nova Hilux foi significativamente ampliado. Todos os modelos contam com sistema básico incluindo monitoramento de ponto cego (BSM), alerta de tráfego cruzado traseiro (RCTA), câmera de ré e sensor de estacionamento.
As versões topo de linha recebem o Toyota Safety Sense completo e aprimorado, com detecção de ciclistas, motocicletas e pedestres em cruzamentos, sistema de controle de direção de emergência, controle de cruzeiro adaptativo DRCC com detecção de dois carros à frente, assistente de manutenção de faixa (LTA) e farol alto automático (AHB). Atualizações over-the-air (OTA) garantem que o sistema esteja sempre atualizado.
Novidades incluem Supressão de Aceleração em Baixa Velocidade, Assistência Proativa de Condução, Sistema de Parada de Emergência e Assistência de Saída Segura, além de câmera de monitoramento do motorista.
Capacidade off-road mantida
O sistema Multi-Terrain Select (MTS) com seis modos de condução adapta o desempenho do motor, resposta do acelerador e controle dos freios para diferentes superfícies: Auto, Terra, Areia, Lama, Neve Profunda e Pedras (modo 4L). O sistema Multi-Terrain Monitor ajuda a posicionar o veículo em condições desafiadoras, complementado pelo Panoramic View Monitor.
A plataforma IMV continua sendo a base para a Hilux de nova geração, porém ela ganhou melhorias. A arquitetura em questão passa a contemplar chassi reforçado com pontos de soldagem adicionais, nova suspensão Dynamic Cloud para maior suavidade e aderência, além de coxins hidráulicos de fixação do motor para reduzir vibrações.
Conectividade para frotas e usuários privados
Os proprietários da picape na Ásia poderão acessar serviços remotos e conectados pelo aplicativo MyToyota, que terá funções especiais para gestores de frotas, como o monitoramento de até 10 veículos simultaneamente, verificando localização, nível de combustível, status de recarga (versão elétrica) e histórico de viagens.
Dimensões
A nova Hilux mede 5.320 mm de comprimento, entre 1.855 e 1.885 mm de largura, a depender da versão, e 1.815 mm de altura, com entre-eixos de 3.085 mm e altura livre do solo de 224-225 mm. O tanque de combustível comporta 80 litros nas versões a combustão. O porte da picape segue praticamente inalterado se comparado com a Hilux 2025 atualmente vendida no Brasil, algo esperado uma vez que a plataforma segue a mesma.
Com a 9ª geração, a Toyota quer reafirmar a Hilux como a picape mais versátil do mundo, preparada para atender desde clientes que buscam zero emissões até aqueles que necessitam da robustez tradicional dos motores a combustão, sempre mantendo os pilares de qualidade, durabilidade e confiabilidade que a tornaram uma das escolhas favoritas no mercado global.
BEM DECEPCIONANTE! Nada mais é do que um facelift pesado, como foi feito na S10. Ao menos no interior, foram mais longe do que na Chevrolet, mas mesmo assim, DECEPCIONANTE.
Quem que vende mais Hilux do mundo? A Chevrolet. A Ranger. A Amarok. A Nissam? Meu irmão estes outros são os chinelos da Toyota. Decepcionante é voçê meu irmão. Aprende um pouco na vida.
Os melhoramentos efetuados Eram só o que faltava para bater a Ford…. motores Toyota nem dá para comparar com a concorrência tal a diferença de qualidade