Novo Chevrolet Sonic chega em 2026 como rival de Pulse e Kardian
Modelo resgata nome que já foi usado pela marca no país e será produzido em Gravataí (RS) ao lado da gama Onix
César Tizo - novembro 12, 2025
A Chevrolet anunciou nesta quarta-feira (12) o retorno do nome Sonic ao mercado brasileiro, desta vez em uma categoria completamente diferente daquela que marcou sua primeira passagem pelo país.
Anunciado para 2026, o novo Sonic é classificado pela marca como um “SUV cupê” e será produzido no complexo de Gravataí (RS), posicionando marca norte-americana em uma categoria onde ela não atua no momento.
O resgate do nome representa uma guinada estratégica da General Motors, que entre 2012 e 2014 comercializou no Brasil o Sonic como hatch e sedã compactos, importados inicialmente da Coreia do Sul e posteriormente do México.
“O novo modelo virá para complementar a gama de veículos da marca e estrear em um segmento estratégico, ainda não explorado pela marca, o dos SUVs cupês“, anunciou Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul.
Aposta no segmento
A categoria de SUVs cupê vem crescendo globalmente e ganhando força ao lado dos SUVs compactos tradicionais. Caracterizados por linhas mais baixas e esportivas, teto inclinado e postura mais dinâmica, esses veículos conquistam consumidores que buscam se diferenciar dos modelos convencionais.
O Chevrolet Sonic chega para atender ao público que, segundo a GM, “valoriza atitude, esportividade e design marcante”, além de “buscar eficiência energética e tecnologias de conectividade“. Curioso lembrar que o Sonic anterior adotava um posicionamento premium, por assim dizer, oferecendo proposta mais sofisticada em relação a outros compactos da Chevrolet na época, como o Agile.
Produção nacional
O novo SUV será produzido na fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, unidade reconhecida por sua vocação para veículos de alto volume e papel estratégico como polo exportador para a GM na América do Sul. A escolha pela produção local representa investimento da montadora na renovação do portfólio brasileiro e reforça a importância do mercado sul-americano.
A fábrica gaúcha, inaugurada em 2000, já produziu modelos marcantes para a Chevrolet no Brasil, como Celta, Classic, Prisma e atualmente monta a gama Onix. A adição do Sonic à linha de produção demonstra a aposta da GM em diversificar sua oferta além dos hatches e sedãs compactos tradicionais.
Nome global
Segundo a montadora, o Sonic que estreia em 2026 introduz um novo conceito de automóvel e resgata um nome global da Chevrolet, refletindo os planos da marca de oferecer modelos com identidade consistente em diferentes mercados.
O nome, acrescenta a GM, remete à ideia de jovialidade, leveza e modernidade. Observando a silhueta do novo Sonic, porém, a impressão é que ele está mais próximo de modelos como Fiat Pulse e Renault Kardian do que de um SUV cupê propriamente dito, que costuma exibir um perfil mais dinâmico e um caimento acentuado do teto em direção à traseira do veículo.
Chevrolet Sonic deverá compartilhar diversos elementos mecânicos com a gama Onix
Transformação do portfólio
O anúncio do Sonic faz parte de um momento de forte transformação da General Motors no Brasil, marcado por importantes avanços e renovação completa do portfólio. Nos últimos anos, a Chevrolet tem investido em eletrificação, conectividade e modernização de sua linha, buscando se posicionar para os desafios futuros da mobilidade.
A entrada no segmento de crossovers representa movimento estratégico para capturar fatia de mercado em categoria de margens mais elevadas e público disposto a pagar um valor superior por um automóvel que, mesmo próximo a um hatch compacto em tamanho, ofereça design diferenciado ou apelo mais robusto.
Detalhes aguardados
A Chevrolet mantém sigilo sobre especificações técnicas do novo Sonic. Não foram revelados detalhes sobre design, dimensões, motorização e tecnologias embarcadas. A montadora promete divulgar mais informações em breve, incluindo características que prometem diferenciar o modelo no competitivo mercado brasileiro.
Resta saber se o novo Sonic terá melhor sorte que seu antecessor. Apesar do bom conjunto, tanto o hatch quanto o sedã foram prejudicados pelo preço acima dos concorrentes diretos, um reflexo da procedência importada. Isso resultou em uma baixa competitividade comercial à época, ainda mais em categorias onde a questão do preço é altamente sensível.
Desta vez, a produção local, o posicionamento em um segmento de nicho e o design com maior apelo podem ser os diferenciais para solidificar o nome Sonic definitivamente no mercado nacional, 12 anos após sua primeira e frustrada tentativa.
We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue to use this site we will assume that you are happy with it.Ok