Na China, Nissan lança sedã híbrido plug-in que teria forte potencial no Brasil
Com preço competitivo na potência asiática, novidade traz proposta interessante e poderia destacar a Nissan entre os sedãs no Brasil
César Tizo - novembro 14, 2025
A Dongfeng Nissan revelou em outubro deste ano o N6, seu primeiro sedã híbrido plug-in (PHEV), apresentado ao lado do novo Teana durante um evento que celebrou a operação da marca na China.
Agora, o N6 volta aos holofotes com a divulgação de seu preço de pré-venda, conhecido nesta semana: de 106.900 a 121.900 yuans, o equivalente a cerca de US$ 15.020 a US$ 17.120, portanto cifras bastante competitivas considerando a tecnologia de propulsão da novidade. O início das vendas no N6 por lá estão previstas para começar em 8 de dezembro de 2025, com entregas logo em seguida.
Nissan N6
O sedã faz parte da nova fase estratégica da marca para o mercado chinês. “Com o nosso plano Re:Nissan, estamos redefinindo o que a Nissan oferece hoje e no futuro”, afirmou Ivan Espinosa, presidente e CEO da Nissan. Segundo ele, a China desempenha papel central não só pelo tamanho do mercado, mas pela velocidade tecnológica e pelo entendimento profundo do consumidor — fatores que hoje influenciam o ritmo da indústria automotiva global.
O N6 estreia como o primeiro PHEV desenvolvido sobre a nova arquitetura de tecnologia energética da Dongfeng Nissan, compartilhando base com o sedã elétrico N7. O conjunto mecânico utiliza motor a gasolina 1.5 e tem ainda uma bateria LFP de 21,1 kWh. Segundo o padrão chinês CLTC, o N6 foi homologado com autonomia elétrica para excelentes 180 km.
Com 4.831 mm de comprimento, 1.885 mm de largura, 1.491 mm de altura e entre-eixos de 2.815 mm, o sedã aposta em proporções generosas e interior voltado ao conforto familiar. O design traz grade V-Motion exclusiva, iluminação LED completa e superfícies fluidas que reforçam a proposta aerodinâmica e tecnológica do modelo.
Nissan N6
Chances para o Brasil?
O valor revelado para o mercado chinês chama atenção pela competitividade. Considerando apenas a conversão direta, sem impostos e custos de importação, o N6 custaria entre R$ 80 mil e R$ 90.500. Mesmo após a incidência dos gastos necessários para trazer o modelo ao país, o sedã poderia chegar ao Brasil com preços ainda competitivos em relação a vários híbridos e híbridos plug-in atualmente à venda.
Embora não haja qualquer anúncio oficial da Nissan sobre uma possível exportação do N6 para outras regiões, o posicionamento estratégico da marca e o avanço das fabricantes chinesas no Brasil tornam a discussão inevitável.
Nissan N6
Caso viesse ao nosso país, o N6 poderia preencher um espaço pouco explorado por outras marcas, que concentram suas ofertas de híbridos plug-in em SUVs. Um sedã com esse tipo de tecnologia ampliaria as opções disponíveis e poderia atender a um perfil específico de consumidor que busca eletrificação sem migrar para um utilitário esportivo.
Atualmente o maior sedã da Nissan no Brasil é o Sentra, que alcança 4,64 m de comprimento, 1,81 m de largura e 2,70 m de entre-eixos. Com isso, o N6 poderia ser facilmente incorporado ao portfólio local da Nissan como um produto de maior porte.
Por enquanto, o N6 segue voltado ao mercado chinês. Mas a combinação entre preço competitivo, arquitetura moderna e a estratégia global da Nissan para acelerar sua linha eletrificada mantém aberta — ainda que de forma remota — a possibilidade de o modelo integrar uma futura ofensiva da marca em mercados emergentes. Vamos acompanhar.
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