Modelo para uso comercial: Fiat Fiorino ou um Renault Kangoo?
Leitor pediu ajuda para escolher entre os dois modelos; confira a análise do Guru dos Carros
grano - fevereiro 8, 2018
Fala César!!! Agora minha dúvida é da empresa que trabalho. Sempre tivemos e gostamos da Doblo Cargo, porém a mesma foi retirada de linha pela Fiat em 2017. Sendo assim com pouquíssimas opções no mercado, gostaríamos de saber qual opção melhor se encaixaria entre RENAULT KANGOO X NOVA FIORINO. A diferença de preço chega em torno de 5 mil, vale arriscar na Renault e aproveitar essa diferença ou devo manter a opção Fiat? Obrigado – pergunta enviada por Roger Oliani
Roger obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
Acho interessante começarmos nossa análise levantando alguns dados técnicos, sobretudo envolvendo o compartimento de carga, algo que será fundamental para o uso comercial.
O Renault Kangoo entrega um compartimento de carga para 2.800 litros ou 800 kg. Pesa a favor do modelo alguns itens que tornam mais prático o carregamento do modelo, como a porta lateral corrediça, o que eleva preço do modelo para R$ 61.065 (ou R$ 59.550 sem o recurso). Ainda na hora de movimentar a carga no veículo, as portas traseiras assimétricas e com abertura em 180º também ajudam.
O Fiat Fiorino, que traz toda a tradição que conquistou ao longo dos anos no mercado, é mais interessante se o que você precisa é muito mais de volume para carga do que propriamente transporte objetos mais pesados, logo é interessante ter isso em mente e considerar o uso que sua empresa fará do carro. O compartimento de carga do Fiorino tem espaço para 3.100 litros, portanto 300 litros a mais que o do Kangoo, porém o Fiat suporta até 650 kg. Estamos falando, então, de uma diferença de 150 kg a favor do Renault.
Um dos pontos que ajuda o Kangoo a ter mais fôlego para transportar cargas mais pesadas é o torque superior do motor 1.6 16V. O propulsor presente no Renault entrega até 15,3 kgfm com etanol, enquanto o 1.4 do Fiorino fica em 12,5 kgfm com o mesmo combustível. Esses 2,8 kgfm de torque a mais que o Kangoo oferece representam uma boa diferença na hora de rodar em especial com o modelo carregado. Também é interessante notarmos que o Fiorino por si só é bem mais pesado que o Kangoo, registrando 1.123 kg em ordem de marcha enquanto o Renault fica em 1.075 kg.
Hoje um Fiat Fiorino parte, na tabela, de R$ 58.190, portanto um valor semelhante ao do Kangoo. Não sei qual é a negociação que você conseguiu, Roger, mas por R$ 5.000 a menos, creio que valeria a pena partir para o Renault.
O modelo entrega um pouco a mais de fôlego ao rodar e traz conveniências interessantes como a porta-lateral corrediça. Vale a pena destacar que a Renault está investindo pesado em sua linha de veículos comerciais, destinando um atendimento especial a esse tipo de cliente, priorizando a rapidez nas manutenções e o preço competitivo de peças e serviços. O Kangoo só deveria ser mais econômico, já que registra parciais de 10,4 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada com gasolina, enquanto um Fiorino de entrada obtém médias de 10,7 e 12,3 km/l, respectivamente.
Se você aceita uma dica, Roger, e não existe pressa da empresa em trocar de carro no momento, vale a pena esperar alguns meses pela chegada da nova geração do Kangoo. Para os mercados da América do Sul, como o Brasil e a Argentina, teremos uma tropicalização do Dacia Dokker com lançamento previsto ainda para este ano. Certamente a Renault virá com um projeto que entregará uma capacidade volumétrica superior em relação à do Kangoo atual, mantendo sua boa capacidade de carga e trazendo o motor 1.6 SCe, mais moderno e eficiente, ao furgão.
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