GWM é homologada no Programa Mover e planeja expansão no Brasil
Fabricante chinesa busca alcançar índice de nacionalização superior a 60% para seus modelos fabricados em Iracemápolis (SP)
César Tizo - agosto 20, 2024
Ontem, 19 de agosto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou a homologação da GWM Brasil no Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Este novo marco na política industrial brasileira é voltado para a sustentabilidade e inovação na indústria automotiva e permitirá que a empresa chinesa acelere sua estratégia de nacionalização e expanda suas operações em nosso mercado.
A montadora, que se prepara para iniciar suas atividades no Brasil com a produção do SUV híbrido Haval H6 até o fim de 2024, em sua fábrica de Iracemápolis (SP), vê a homologação como um passo fundamental. “Com a homologação será possível transferir gradualmente todos os processos produtivos, atualmente realizados na China, para nossa fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo“, afirmou Marcio Alfonso, diretor de Engenharia, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da GWM Brasil.
Montagem plena do Haval H6 no Brasil terá início em 2025
Expansão da fábrica
As atividades começarão neste ano em regime de pré-produção, fase em que serão testados e ajustados os novos equipamentos da linha de montagem, além de verificações nos processos de manufatura e de controle de qualidade. A produção em série do Haval H6 está prevista para começar em 2025.
Atualmente, informa a GWM, a fábrica de Iracemápolis passa por um processo de modernização e expansão, o que aumentará sua capacidade de produção das atuais 20 mil para 50 mil unidades/ano, com potencial de chegar a 100 mil veículos nos próximos anos. Além disso, a GWM está intensificando contatos com fornecedores locais de peças e tecnologias, visando parcerias que possam proporcionar apoio técnico e redução de custos de fabricação e logística.
Interior da fábrica da GWM em Iracemápolis (SP)
Estratégia de nacionalização
A produção em Iracemápolis terá início com a fabricação do monobloco, soldagem, tratamento superficial, pintura, montagem final e testes, incluindo montagem de chassis, freios, eixos e sistemas elétricos. No futuro, a empresa planeja expandir para a produção de componentes de maior valor agregado, como baterias de lítio.
A montadora acrescenta que já desenvolveu uma lista de mais de 100 componentes para serem produzidos localmente, com o objetivo de alcançar uma taxa de nacionalização superior a 60%. Esse índice permitirá à GWM não apenas fortalecer sua presença no Brasil, mas também iniciar a exportação de veículos para a América do Sul.
GWM espera alcançar 60% de índice de nacionalização em seus veículos com produção local
Sustentabilidade
Além da nacionalização, a GWM demonstra compromisso com a inovação e sustentabilidade ao se inscrever no programa Mover. A montadora está em contato com institutos de pesquisa para desenvolver soluções que possam trazer as tecnologias avançadas da GWM para o Brasil, reforçando seu papel na transição para uma mobilidade mais verde.
A expectativa é que a demanda global anual por baterias de lítio para veículos híbridos e elétricos atinja entre 20 e 30 milhões de unidades até 2030, e a GWM está se posicionando para atender essa demanda crescente também no Brasil e demais países da América do Sul.
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