Vale a pena optar por um carro elétrico na compra PcD?
Leitor está em dúvida entre um BYD Dolphin Plus e um Volkswagen T-Cross Highline e pediu nossa análise; confira
César Tizo - outubro 22, 2024
Amigo, me ofereceram o BYD Dolphin Plus por R$ 166 mil ou o Volkswagen T-Cross Highline, por R$ 146 mil, ambos para PcD. Qual você acha mais vantajoso? Seria para uso na cidade e viagens a um balneário a 210 km, que também possui carregador rápido – pergunta enviada por Marcos
Marcos, obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
Sua questão é excelente e nos permite analisar a viabilidade de optar por um carro elétrico na compra PcD, especialmente considerando as recentes iniciativas de marcas como BYD e GWM para atender ao público que realiza a compra com isenção.
Uma grande vantagem dos carros elétricos é o menor custo de propriedade, que ajuda a compensar o valor mais elevado gasto no momento da aquisição. Para exemplificar, vamos considerar um automóvel que percorra 10.000 km ao ano. Nesse caso, considerando a bateria de 60,48 kWh do BYD Dolphin Plus e sua autonomia oficial de 330 km (padrão Inmetro), o custo por quilômetro seria de R$ 0,14, assumindo um preço médio de R$ 0,75 por kWh.
Além disso, ao contrário dos carros a combustão, que requerem trocas regulares de óleo e filtros, os veículos elétricos têm revisões muito mais baratas devido ao seu conjunto propulsor quase livre de manutenção.
Por outro lado, ao considerar o Volkswagen T-Cross Highline, com motor 1.4 turbo flex, os custos são significativamente maiores. Com base nos preços médios do etanol (R$ 4,03/litro) e da gasolina (R$ 6,09/litro) praticados no Brasil, de acordo com a ANP, e nos dados de consumo do Inmetro, o custo por quilômetro fica em R$ 0,45 para o etanol e R$ 0,47 para a gasolina.
Portanto, para rodar 10.000 km ao ano, o dono de um BYD Dolphin Plus gastaria R$ 1.374,55 efetuando as recargas na residência, enquanto o proprietário de um T-Cross Highline precisaria arcar com R$ 4.502,79 usando etanol ou R$ 4.739,69 se abastecer o SUV compacto com gasolina.
Qual escolher?
No seu caso, Marcos, apesar da vantagem clara do Dolphin Plus no custo de propriedade, o T-Cross Highline me parece a escolha mais segura, por assim dizer, devido aos seus deslocamentos rodoviários. Embora o Dolphin Plus tenha autonomia oficial suficiente para a viagem até o balneário, o uso em estrada pode ser apontado como o pior cenário para um automóvel elétrico, uma vez que aumenta o consumo de energia, resultando em uma diminuição drástica da autonomia sobretudo em vias com limites de velocidade mais elevados.
Minha preocupação é que, ao usar o Dolphin Plus, você tenha pouca margem de segurança para realizar a viagem tranquilamente. Além disso, mesmo com o carregador rápido no destino, é necessário considerar possíveis falhas no eletroposto ou filas para efetuar a recarga.
Com o Volkswagen T-Cross, basta abastecê-lo em qualquer posto de combustível, garantindo sua viagem sem imprevistos.
Assim, considerando a infraestrutura de recarga ainda em desenvolvimento no Brasil, carros elétricos são mais indicados como um segundo veículo, priorizando o uso urbano. É importante, caso você considere a aquisição de um automóvel com esse tipo de propulsão, verificar a viabilidade técnica para instalar um Wallbox ou uma tomada em sua vaga de garagem para garantir recargas mais convenientes.
Portanto, se você procura um carro apenas para a cidade e tem como instalar um ponto de recarga na sua residência, um elétrico pode ser uma ótima escolha. Mas, se a ideia é adquirir um veículo único para a família, que também será usado em viagens, ainda é mais recomendável optar por um carro a combustão ou híbrido.
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