Comprar um elétrico como segundo carro é uma boa opção?
Leitor está considerando a aquisição de um automóvel 100% elétrico, porém ainda tem receio em relação à desvalorização
César Tizo - fevereiro 3, 2025
Gostaria de pedir sua opinião sobre uma decisão que estou considerando. Tenho pensado em adquirir um veículo pequeno e 100% elétrico como segundo carro para deslocamentos diários de casa ao trabalho (cerca de 40 km por dia). Além da economia, isso me livraria do rodízio em São Paulo. Tenho a possibilidade de carregá-lo tanto em casa quanto no trabalho. No entanto, ouço dizer que a desvalorização dos carros elétricos usados é muito alta, e quase todas as pessoas com quem converso não se mostram interessadas em comprar um elétrico usado, o que indica uma aceitação baixa no mercado. Outro ponto que me preocupa é que os programas de recompra garantida oferecidos por alguns fabricantes, como a BYD, não são consistentes. Parece que eles abrem esses programas de tempos em tempos para atingir metas de vendas, mas depois desaparecem. Além disso, a GWM parece estar reposicionando o ORA 03 para 2025 devido às baixas vendas, já que a versão 2025 ainda não está disponível no mercado brasileiro. Diante disso, pergunto: Seria um bom negócio optar por um carro 100% elétrico agora, ou seria melhor esperar um pouco mais para ver como a aceitação desses veículos evolui? Agradeço desde já pela ajuda! – pergunta enviada por Ricardo
Ricardo, obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
Concordo plenamente com sua análise e também considero os carros 100% elétricos excelentes opções para o uso cotidiano. Como você mencionou, ao ter a possibilidade de recarregar o veículo em casa ou no trabalho, a questão da autonomia não será um problema. Modelos compactos, como o BYD Dolphin, o Dolphin Mini e o GWM Ora 03, têm alcance suficiente para atender às suas necessidades diárias de deslocamento.
Além disso, ao recarregar o veículo com tarifas residenciais, o custo por quilômetro rodado será significativamente menor em comparação com um carro a combustão. A manutenção de um carro elétrico também é muito mais simples e menos onerosa, logo o custo de propriedade é altamente favorecido. Portanto, como segundo carro para uso urbano, um elétrico é uma excelente opção!
Sobre a desvalorização desses modelos, o que observamos no mercado é uma perda inicial de valor semelhante à de alguns modelos a combustão.
Por exemplo, o GWM Ora 03 Skin registra uma depreciação de cerca de 20% após um ano de uso, enquanto o BYD Dolphin Mini, que mostra boa aceitação no mercado brasileiro, perde aproximadamente 15,2% do valor no mesmo período. Para comparação, um Volkswagen Polo Highline, versão topo de linha do carro de passeio mais vendido no Brasil, teve uma desvalorização de 19,2% no último ano.
Uma alternativa interessante, Ricardo, seria considerar a compra de um elétrico seminovo.
Dessa forma, você opta por um veículo que já passou pela fase de maior desvalorização, o que pode mitigar boa parte de sua preocupação. Além disso, ao comprar um elétrico seminovo, você não precisaria se preocupar com alguns dos problemas mais comuns em carros usados a combustão, como a frequência de troca de fluidos ou a qualidade do combustível utilizado anteriormente.
Por fim, é importante destacar que a BYD já demonstrou compromisso em fabricar modelos elétricos no Brasil, como o Dolphin Mini, na Bahia. Isso pode contribuir para uma maior difusão e aceitação desses veículos no mercado nacional.
Portanto, Ricardo, se você está aberto à ideia de ter um carro elétrico para uso cotidiano, não vejo motivos críticos que desaconselhem tal decisão.
Passei pelo mesmo dilema em 2023, com as noticias de aumento dos impostos acabei optando por trocar uma tracker ltz por um dolphin . Perdi em espaço, mas ganhei um acabamento muito melhor, freios muito melhores, hoje o custo do km rodado da tracker seria R$0,65, contra R$0,09 do elétrico . Na prática, eu gastava R$1.000 a R$1.500 por mês em gasolina, hoje gasto R$200 na conta de luz.
Achei que o seguro seria mais caro, não foi R$3.800(porto) contra R$5.305 da tracker (sompo).
Desvalorização existe, mas a economia é muito mais alta. Na ponta do lápis compensa .
Eu só não indicaria um elétrico se você não tem como recarregar em casa ou se viaja distâncias maiores que 300km. No mais, estou com o carro há 1 ano e meio e não vejo pontos negativos nele. Não voltaria a um carro a combustão sob hipótese nenhuma.
We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue to use this site we will assume that you are happy with it.Ok
Passei pelo mesmo dilema em 2023, com as noticias de aumento dos impostos acabei optando por trocar uma tracker ltz por um dolphin . Perdi em espaço, mas ganhei um acabamento muito melhor, freios muito melhores, hoje o custo do km rodado da tracker seria R$0,65, contra R$0,09 do elétrico . Na prática, eu gastava R$1.000 a R$1.500 por mês em gasolina, hoje gasto R$200 na conta de luz.
Achei que o seguro seria mais caro, não foi R$3.800(porto) contra R$5.305 da tracker (sompo).
Desvalorização existe, mas a economia é muito mais alta. Na ponta do lápis compensa .
Eu só não indicaria um elétrico se você não tem como recarregar em casa ou se viaja distâncias maiores que 300km. No mais, estou com o carro há 1 ano e meio e não vejo pontos negativos nele. Não voltaria a um carro a combustão sob hipótese nenhuma.
Muito obrigado pelas excelentes ponderações, Davi!