Fiat Grande Panda: o que esperar do hatch que substituirá o Argo no Brasil
Ingleses relatam seu primeiro contato com a versão elétrica do hatch, que tem projeto global e chegará ao mercado brasileiro
César Tizo - fevereiro 7, 2025
A revista inglesa Autocar teve a oportunidade de avaliar o novo Fiat Grande Panda, modelo que agradou ao time editorial da publicação por conta do design criativo, espaço interno e preço competitivo.
Com posicionamento global, o novo hatch da Fiat é a grande aposta da marca não só para a Europa, mas em especial para seus principais mercados globais, com destaque para o Brasil, Turquia e Argélia. Por aqui, o modelo será produzido nacionalmente para substituir o Fiat Argo, consolidando a presença da montadora no segmento de compactos.
Design e estilo: inspiração no passado, olhar no futuro
O Grande Panda resgata elementos clássicos da Fiat, como a silhueta que remete ao Panda original e detalhes estampados na carroceria. A atenção aos detalhes foi um dos pontos altos destacados pela Autocar, que realizou seu primeiro contato com o hatch na versão elétrica. A publicação, inclusive, elogiou soluções como o cabo de recarga retrátil embutido na grade dianteira. Com dimensões de 3,99 m de comprimento, 1,76 m de largura e 1,57 m de altura, o hatch conquistou elogios pelo bom compromisso entre tamanho e espaço interno, ponto onde o entre-eixos de 2,54 m o favorece.
Fiat Grande Panda
Interior: simplicidade e funcionalidade
O interior do Grande Panda combina materiais reciclados com elementos de design inovadores. A edição Red, avaliada pelos ingleses, traz um painel com detalhes inspirados no famoso circuito de testes da Fiat em Lingotto, na Itália. Os comandos presente na versão de entrada são intuitivos, com botões físicos para o controle do ar-condicionado, e a central multimídia de 10,25 polegadas é bem resolvida. O modelo também se destaca pela cabine confortável e um porta-malas de 361 litros na versão híbrida – embora, no caso da versão elétrica, o compartimento perca um pouco de capacidade.
Fiat Grande Panda
Motorização: opções elétrica e híbrida
O Fiat Grande Panda será oferecido com duas motorizações na Europa: elétrica e híbrida. A versão elétrica conta com um motor dianteiro de 111 cv e torque de 12,4 kgfm, proporcionando uma aceleração de 0 a 100 km/h em 11 segundos e velocidade máxima de 132 km/h. A autonomia declarada é de 320 km no ciclo WLTP.
Já a versão híbrida utiliza o propulsor 1.2 de três cilindros com 99 cv, acoplado a um sistema híbrido leve de 48 V e uma transmissão automatizada de dupla embreagem. A Autocar ressaltou que o hatch elétrico tem boa desenvoltura na cidade, mas o modo de condução elétrico é limitado em velocidade máxima.
Detalhe do Fiat Grande Panda com propulsão elétrica na versão de entrada Red
Dirigibilidade: confortável, mas sem muita emoção
Segundo a Autocar, o Grande Panda tem comportamento previsível e robusto, adequado ao seu segmento. O modelo avaliado tinha rodas de aço aro 16, que garantem um rodar mais suave. A versão La Prima, topo de linha, vem com rodas de liga leve aro 17, e ainda não se sabe se impactam o conforto. Apesar do bom acerto de suspensão, o modelo não é tão divertido de dirigir quanto sua aparência sugere, ponto que poderia ser melhorado.
Fiat Grande Panda
Preço e custo-benefício
A Fiat busca se destacar pelo custo-benefício, e o Grande Panda promete ser um dos elétricos mais acessíveis da categoria. No Reino Unido, a versão de entrada Red custa £ 20.975 (cerca de R$ 136 mil), enquanto a topo de linha La Prima sobe para £ 23.975 (R$ 155 mil). Na Europa, o modelo também contará com uma versão híbrida mais em conta.
Fiat Grande Panda: espaço interno da novidade foi elogiado pelos ingleses
O que esperar do Fiat Grande Panda no Brasil?
Com previsão de chegada ao mercado brasileiro nos próximos anos para substituir o Argo, o Grande Panda tem potencial para repetir o sucesso dos compactos da Fiat por aqui.
A novidade deverá contar com versões de entrada equipadas com motor 1.0 e, possivelmente, até mesmo alguma forma de propulsão híbrida leve nas configurações mais caras.
Certo é que o modelo nacional derivado do Grande Panda será um produto de alto volume no país, o que deve garantir um preço competitivo. Se mantiver o design ousado e a proposta de bom custo-benefício, há grandes chances de se tornar uma referência entre os hatches compactos no Brasil.
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Gostei do nome! 👏