DOT 3, DOT 4… Entenda as diferenças entre os tipos de fluido de freio e quando realizar a troca
Conheça as diferenças entre os tipos de fluido de freio, sua importância para a segurança e os sinais de que está na hora da troca
César Tizo - março 13, 2025
A manutenção do sistema de freios é essencial para a segurança do motorista e dos passageiros, e um dos componentes mais importantes desse sistema é o fluido de freio. Responsável por transmitir a força do pedal de freio para as rodas, esse líquido precisa estar em boas condições para garantir uma frenagem eficiente, evitando acidentes e falhas mecânicas.
No entanto, nem todos os motoristas sabem que existem diferentes tipos de fluido de freio, classificados conforme a norma DOT (Department of Transportation – Departamento de Transporte dos Estados Unidos). Esses fluidos variam em composição e ponto de ebulição, influenciando diretamente o desempenho do veículo em diferentes condições de uso.
Principais tipos de fluido de freio e suas diferenças
Os fluidos de freio são classificados em DOT 3, DOT 4, DOT 5 e DOT 5.1. A escolha do tipo correto depende das especificações do fabricante do veículo, do tipo de uso e das condições climáticas em que o carro opera.
DOT 3: O mais comum em veículos de passeio, à base de glicol. Possui ponto de ebulição seca (205º C) mais baixo e é recomendado para uso diário. Pode absorver umidade ao longo do tempo, o que exige trocas regulares.
DOT 4: Oferece maior resistência a altas temperaturas em comparação ao DOT 3, com ponto de ebulição seca de 230º C, sendo indicado para veículos que enfrentam condições severas, como trajetos com muitas subidas e descidas.
DOT 5: Formulado à base de silicone, não absorve umidade e oferece maior durabilidade. Conta com ponto mínimo de ebulição seca de 260º C, no entanto não é compatível com veículos equipados com sistema ABS.
DOT 5.1: Tem composição à base de glicol, mas com maior resistência térmica, melhor desempenho e pode ser utilizado em sistemas ABS. Oferece ponto mínimo de ebulição seca de 260º C e é indicado para veículos de alta performance, que exigem resposta rápida de frenagem.
A escolha do fluido certo depende do tipo de veículo e das recomendações do fabricante. Usar um fluido inadequado pode comprometer o sistema de frenagem e reduzir a segurança ao dirigir.
Tampa do reservatório do fluido de freio costuma apresentar a especificação própria para o veículo
Quando trocar o fluido de freio?
A substituição periódica do fluido de freio é essencial para manter a eficiência da frenagem. Por ser higroscópico, com o tempo o fluido pode absorver umidade, reduzindo seu ponto de ebulição e comprometendo a resposta dos freios. Especialistas recomendam a troca a cada 10.000 km rodados ou um ano, o que ocorrer primeiro, mas sempre seguindo o manual do fabricante.
Além disso, é importante ficar atento a sinais de que o fluido de freio pode estar comprometido:
Nível abaixo do recomendado: Se o reservatório apresentar um nível baixo, pode indicar vazamento ou desgaste excessivo do sistema.
Pedal de freio mais “mole”: Se for necessário aplicar mais força para frear, pode ser um indício de que o fluido perdeu eficiência.
Luz de advertência no painel: Alguns veículos possuem um alerta que indica problemas no sistema de freios, incluindo a necessidade de troca do fluido.
Validade vencida: O fluido de freio tem prazo de validade, e usar um produto vencido pode comprometer a segurança.
Manter o fluido de freio em boas condições é uma medida simples, mas fundamental para garantir a segurança do veículo. Sempre que possível, faça revisões periódicas e conte com um profissional qualificado para realizar a troca. Afinal, a segurança ao volante começa com a manutenção preventiva.
We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue to use this site we will assume that you are happy with it.Ok