Vítimas de acidente de trânsito podem ter acesso a direitos além do auxílio-doença
Caso real mostra como o desconhecimento sobre o auxílio-acidente pode impedir o acesso a um direito garantido por lei
César Tizo - abril 10, 2025
A auxiliar de cabeleireiro Iris Lee, de 27 anos, viu sua vida mudar drasticamente após um grave acidente de moto ocorrido em setembro de 2024. O impacto da colisão com um carro resultou em fratura no fêmur, cirurgias sucessivas e uma longa jornada de recuperação física e emocional. Sem poder trabalhar, Iris enfrentou não apenas os efeitos do trauma, mas também a incerteza sobre como manter suas despesas básicas.
A jovem conseguiu acessar o auxílio-doença, benefício temporário pago pelo INSS a trabalhadores incapacitados por motivo de saúde. O que ela não sabia é que, mesmo após o fim do pagamento, ainda tinha direito ao auxílio-acidente, benefício permanente destinado a segurados que sofreram redução na capacidade laboral em razão de sequelas permanentes — como dores crônicas, perda de mobilidade ou dificuldades funcionais.
“Fiquei muito debilitada emocionalmente. Foi complicado aceitar a condição de ficar na cama, dependente de tudo. Mas a maior preocupação era como pagar as contas estando parada por tanto tempo”, relata Iris, que contou com o apoio técnico de uma assessoria especializada para solicitar e garantir o novo benefício.
Segundo especialistas, o auxílio-acidente é pouco conhecido, mas pode representar um alívio importante para quem consegue voltar ao trabalho com limitações. “Mesmo que a pessoa retome sua atividade, se houver perda funcional que afete sua produtividade ou desempenho, ela pode ter direito ao valor mensal como compensação”, explica Caroline Alves, responsável por planejamento na DS Beline, empresa que acompanha casos como o de Iris.
A legislação brasileira prevê que o valor do auxílio-acidente seja proporcional ao salário de contribuição do segurado e que o benefício seja pago até a aposentadoria. Casos como o de Iris mostram que o desconhecimento sobre os próprios direitos pode deixar trabalhadores vulneráveis justamente no momento em que mais precisam de amparo.
Hoje, ainda em tratamento, Iris segue em busca de recuperar sua autonomia, agora com mais estabilidade. “Esse dinheiro me dá segurança. Ainda não posso fazer tudo o que fazia antes, mas posso me manter e ir me organizando”, afirma.
A experiência vivida pela jovem reforça a importância da orientação correta e do acesso à informação. “A assessoria me deu a confiança que eu precisava. Eles correram atrás, explicaram tudo. Sou muito grata por saber que tenho esse suporte e que meus direitos estão sendo respeitados”, conclui.
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