Marcopolo (POMO4) aposta em ônibus elétrico e vê boas perspectivas para 2025
Produção chegou a 3.294 unidades no início de 2025, com destaque para entregas do modelo elétrico Attivi e aumento da presença internacional
César Tizo - maio 2, 2025
A Marcopolo registrou um leve crescimento de 1% em sua produção no primeiro trimestre de 2025, totalizando 3.294 carrocerias de ônibus fabricadas. Do total, 2.748 unidades foram produzidas no Brasil e 546 em unidades no exterior. O desempenho resultou em uma receita líquida de R$ 1,7 bilhão, avanço de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
O mix de vendas da companhia no período foi concentrado em veículos voltados ao fretamento, modelos urbanos leves, micro-ônibus e a linha Volare. Entre os destaques, a fabricante entregou 32 unidades do Attivi, modelo 100% elétrico, à cidade de São Paulo – parte de um lote maior previsto para 2025, dentro da estratégia de descarbonização da frota urbana.
A atuação internacional também manteve ritmo positivo. A Marcopolo ampliou sua presença na Argentina, por meio da subsidiária Metalsur, e consolidou boas oportunidades de negócios em mercados como Austrália (Volgren), México (Polomex) e África do Sul (MASA), especialmente no segmento de veículos rodoviários.
Apesar da leve alta nos indicadores operacionais, a companhia viu seu lucro bruto consolidado recuar ligeiramente para R$ 384,3 milhões, com margem de 22,9%, ante R$ 385,3 milhões e margem de 23,3% no 1T24. O EBITDA foi de R$ 262 milhões, com margem de 15,6%, inferior aos R$ 315,4 milhões (19%) registrados no primeiro trimestre do ano anterior.
Um importante fator de sustentação do desempenho foi o programa federal Caminho da Escola. No primeiro trimestre de 2025, a Marcopolo entregou 692 veículos por meio da iniciativa, sendo 523 micro-ônibus e 169 modelos da linha Volare. As unidades fazem parte da licitação de 2023, e a expectativa é de que o ritmo de entregas se mantenha ao longo do ano.
Para os próximos meses, a empresa projeta crescimento nas entregas de produtos de maior valor agregado, avanço em iniciativas voltadas à transição energética no transporte coletivo e novos investimentos em automação e melhorias de produto. “Seguiremos focados na expansão internacional e na descarbonização dos transportes”, afirmou Pablo Motta, CFO da Marcopolo.
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