Seguro para carros elétricos e híbridos ainda é mais caro, mas tendência é de queda
Com vendas em alta e chegada de novos modelos, setor se adapta com coberturas específicas, assistência diferenciada e digitalização na contratação
César Tizo - maio 4, 2025
O mercado brasileiro de veículos eletrificados não para de crescer. Segundo a ABVE, as vendas de carros elétricos e híbridos saltaram 200% nos últimos 12 meses, impulsionadas principalmente pela chegada de modelos chineses, que aumentaram em mais de 500% suas exportações ao Brasil.
Essa nova realidade também pressiona o setor de seguros a se adaptar a um público que busca não apenas economia, mas também conveniência e proteção específica para veículos mais tecnológicos e caros de manter.
Os seguros para elétricos e híbridos, embora tenham cobertura similar aos carros convencionais, incluem diferenciais como assistência em caso de falta de carga, cobertura de danos à bateria e à infraestrutura de recarga, além da possibilidade de uso gratuito de eletropostos.
Contudo, os preços ainda são mais altos: um BYD Seal pode ultrapassar os R$ 5.800 de seguro anual (cerca de 2,4% do valor do veículo), enquanto modelos como BYD Song Plus Premium e GWM Haval H6 giram em torno de R$ 5 mil — variação de 1,9% sobre o valor do carro.
“Isso ocorre porque os automóveis eletrificados demandam uma abordagem diferenciada, devido a aspectos como custo de reposição de peças, que na maioria das vezes são importadas, além da mão de obra especializada, que tende a ser mais cara em carros elétricos e híbridos. Somado a isso, as seguradoras precisam adaptar seus processos, treinar seus funcionários e redes de assistência para lidar com a nova tecnologia presente nesses carros, o que também impacta no custo final“, explica Marcelo Biasoli, country manager da 123Seguro no Brasil.
Mas a tendência é de redução nos preços conforme aumente a frota eletrificada, a digitalização facilite a oferta de planos personalizados e a concorrência entre seguradoras cresça, apontam especialistas.
Outro ponto de atenção é a infraestrutura de recarga, que, apesar de ter triplicado em 2024, com mais de 12 mil pontos em operação, ainda está concentrada nos grandes centros.
Para os especialistas, ampliar essa malha será fundamental para a consolidação da mobilidade eletrificada no país, que pode responder por mais de 90% das vendas até 2040, segundo projeções da Anfavea e da BCG.
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