Com preços a partir de R$ 400 mil, embarcações compactas impulsionam o crescimento do mercado náutico no país
César Tizo - julho 10, 2025
Durante muito tempo, ter um barco era privilégio restrito a milionários e grandes empresários. Mas esse cenário está mudando rapidamente no Brasil. Hoje, o mercado náutico nacional vive um novo momento, com embarcações de entrada ganhando o status de “novo carro da família”. Modelos de até 26 pés, com preços a partir de R$ 400 mil, estão conquistando espaço entre consumidores que buscam qualidade de vida, lazer ao ar livre e experiências fora do convencional.
Segundo dados da Marinha do Brasil, há mais de 1,1 milhão de embarcações de esporte e recreio registradas no país, sendo quase 70% consideradas de médio porte — o que mostra o quanto esse segmento está se popularizando. O Brasil, com mais de 8,5 mil km de costa, além de rios, represas e lagos navegáveis, oferece um enorme potencial para uso recreativo de barcos e lanchas.
A popularização do setor tem sido impulsionada por financiamentos acessíveis, programas de uso compartilhado e embarcações cada vez mais compactas e versáteis. “O barco se transformou em um bem de uso frequente e com grande apelo familiar. Além da diversão, oferece um refúgio privativo, longe da rotina e do excesso de público”, explica Allan Cechelero, diretor de marketing da Triton Yachts, estaleiro que fabrica modelos voltados a esse público.
Um dos destaques da empresa para aproveitar essa nova fase do mercado é a Triton 250 Open, modelo de 7,55 metros de comprimento e capacidade para até 12 pessoas. Com banheiro a bordo — um diferencial na categoria —, o modelo proporciona conforto para passeios mais longos. O layout interno oferece sofá, geladeira, pia e espaços para relaxamento tanto na popa quanto na proa. A largura de 2,60 metros confere estabilidade, tornando a navegação mais segura e agradável.
“O que vemos hoje é uma mudança de mentalidade. Muitas famílias preferem investir em uma lancha a trocar de carro, justamente pela experiência que o barco proporciona, como lazer ao ar livre, longe de aglomerações e com a praticidade de não precisar enfrentar o trânsito”, analisa Cechelero.
