Do óleo de amendoim ao B100: 132 anos de evolução do biodiesel
Em artigo especial, Ronei Zan revisita a história do biocombustível e destaca seu papel estratégico na transição energética do país
César Tizo - agosto 10, 2025
O Dia Internacional do Biodiesel, celebrado em 10 de agosto, remete a um marco histórico da engenharia: em 1893, Rudolf Diesel fez funcionar pela primeira vez um motor à combustão utilizando óleo de amendoim. Mais de um século depois, o biocombustível de origem vegetal ou animal se tornou peça-chave na matriz energética brasileira.
Em artigo especial para a data, Ronei Zan, gerente de contas chave para metilato na BASF, relembra que o avanço decisivo no Brasil veio em 2004, com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), que instituiu a mistura obrigatória do produto ao diesel fóssil. Em 20 anos, o programa já evitou a emissão de 240 milhões de toneladas de CO₂ e economizou cerca de US$ 38 bilhões em importações, segundo o Ministério de Minas e Energia.
A sanção da Lei do Combustível do Futuro, em 2024, elevou a mistura obrigatória para 15% (B15) e prevê alcançar 20% até 2030. Paralelamente, cresce o uso do biodiesel puro (B100) em frotas de transporte, com empresas como a BASF adotando caminhões dedicados para movimentar insumos da própria cadeia produtiva.
Para Ronei Zan, além dos benefícios ambientais e econômicos, o biodiesel promove inclusão social por meio do Selo Biocombustível Social, que estabelece a compra de parte da matéria-prima de pequenos produtores. A meta é injetar R$ 600 milhões na agricultura familiar até 2026 e incluir cerca de 5 mil novas famílias no setor.
A trajetória do biodiesel, da experiência pioneira de Rudolf Diesel ao protagonismo no Brasil, evidencia seu papel central na construção de um futuro mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis.
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