Leitor pergunta: Fiat Fastback pode se tornar sucesso de vendas?
Interessado no SUV compacto, leitor também deseja saber se a configuração Turbo 200 é uma boa escolha
César Tizo - março 13, 2024
Fiat Fastback T200 é uma boa escolha? Tem chances de se tornar sucesso de vendas? – pergunta enviada por Rui
Rui obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
De fato, o Fiat Fastback está longe de ser uma referência em vendas, como os números deixam claro.
Segundo o fechamento de 2023 da Fenabrave, exatos 40.402 brasileiros optaram pelo Fastback, volume bem distante das 72.440 unidades emplacadas do VW T-Cross, produto que foi o SUV mais vendido em nosso mercado ao longo do ano passado.
Ao menos no primeiro bimestre de 2024 podemos dizer que o Fastback recuperou certo fôlego, registrando 6.886 unidades vendidas, número que o posicionou a frente do Jeep Renegade (6.521) no período, mas ainda o deixa distante de rivais como o Chevrolet Tracker (7.954), Nissan Kicks (7.981) e Hyundai Creta (9.283).
O Fiat Fastback em seu catálogo de entrada Turbo 200 oferece como virtudes o excelente custo/benefício e a mecânica eficiente composta pelo motor 1.0 GSE associado ao câmbio automático CVT.
Hoje em dia tabelado em R$ 117.990, o Fastback Turbo 200 é equipado com 4 airbags, controles de tração e estabilidade, central multimídia com tela de 8,4″e suporte aos principais sistemas de espelhamento de smartphones, sensor de estacionamento, câmera de ré, rodas de liga leve aro 17″, entre outros.
Graças aos seus 130 cv e 20,4 kgfm de torque, o modelo é capaz de alcançar 100 km/h em competentes 9,4 segundos e concilia a boa performance com médias de consumo na casa de 11,9 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada com gasolina.
Onde ele deve?
Apesar dos pontos fortes que indiscutivelmente possui, o Fastback tem duas características que ajudam a entender porque boa parte do público não coloca o Fiat como sua primeira opção de compra.
A primeira delas é o espaço interno limitado, em especial aos passageiros da segunda fileira de assentos.
Se analisarmos os SUVs compactos mais vendidos no Brasil, com destaque para o VW T-Cross, Hyundai Creta e Chevrolet Tracker, praticamente todos são reconhecidos pelo bom aproveitamento do espaço interno.
Em seu projeto, a Fiat optou por priorizar o estilo SUV-cupê para diferenciar o Fastback no segmento, o que, de quebra, lhe rendeu um excelente porta-malas para 516 litros de acordo com o padrão VDA.
Entretanto, a mensagem que o mercado passa é de que os consumidores de SUVs compactos priorizam muito mais a habitabilidade interna do que o volume disponível para bagagens.
Por fim, a segunda característica que custa pontos ao Fastback diz respeito ao nível de segurança bem como a falta de mais recursos de tecnologia e até mesmo de estilo.
O Fiat não oferece mais do que 4 airbags sequer em sua opção topo de linha Abarth enquanto muitos concorrentes são equipados, por padrão, com 6 airbags.
Ao menos a partir da versão Audace o Fastback sai de fábrica com o pacote ADAS composto por frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa e faróis com comutação automática para o facho alto.
Talvez seria interessante a Fiat considerar a oferta de itens que muitas vezes são desejados pelos consumidores, entre eles o teto solar panorâmico, recurso de série no Chevrolet Tracker Premier.
Apesar dos esforços da Fiat em melhorar a aceitação do Fastback – como foi observado na criação do catálogo de entrada Turbo 200 com preço abaixo de R$ 120.000 (de olho no público PcD) e na recente introdução do Fastback Abarth com seu apelo esportivo – dizer que o SUV compacto poderá se converter em um “sucesso de vendas” é algo um tanto quanto árduo, ao menos enquanto a próxima geração não se avizinha.
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