Segundo levantamento, frota nacional ganhou 4,75 milhões de unidades em 2024, alta de 4% sobre o ano anterior
César Tizo - fevereiro 5, 2025
O Brasil fechou o ano de 2024 com um marco histórico em sua frota de veículos, atingindo o total de 123,97 milhões de unidades, um aumento de 4,75 milhões (+4%) em relação a 2023. Os dados, divulgados pela Veloe em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em informações da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), revelam um crescimento generalizado em todos os estados, com destaque para o Norte do país e para os veículos utilitários, além de um aumento significativo na adoção de cores personalizadas e de tecnologias elétricas e híbridas.
O Pará liderou o crescimento percentual, com alta de 7% na frota, seguido por Alagoas (+6,6%), Amapá (+6,4%), Amazonas (+6,4%) e Espírito Santo (+5,9%). Em números absolutos, São Paulo se destacou, adicionando 1,07 milhão de novos veículos à sua frota, consolidando-se como o estado com a maior participação nacional: 34,3 milhões de unidades, ou 27,7% do total. Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro também tiveram contribuições expressivas.
No que diz respeito aos segmentos, os utilitários foram os que mais cresceram proporcionalmente, com alta de 13,9%, seguidos por quadriciclos (+12,1%) e motonetas (+8,2%). Em números absolutos, os automóveis lideraram, com 1,5 milhão de novas unidades, seguidos por motocicletas (+1,4 milhão) e caminhonetes (+522,6 mil). Juntos, esses três segmentos representam 51,1%, 22,8% e 8,1% da frota nacional, respectivamente.
A cor branca manteve-se como a preferida dos brasileiros, presente em 27,5 milhões de veículos (21,7% da frota), seguida pelo preto (18,9%) e prata (16,5%). No entanto, as cores personalizadas, classificadas como “fantasia”, registraram o maior crescimento percentual (+9,7%), indicando uma tendência de maior personalização dos veículos. Outras cores que ganharam espaço foram o cinza (+6,7%), azul (+3,8%) e vermelho (+3,4%).
No quesito combustível, a frota brasileira continua majoritariamente flex, com 42,2% dos veículos movidos a etanol/gasolina, seguidos por 40,5% que utilizam exclusivamente gasolina. O diesel responde por 7,8% da frota, enquanto os veículos movidos exclusivamente a álcool representam 3,5%. Apesar de ainda modestos em participação, os veículos elétricos e híbridos registraram crescimento excepcional, refletindo uma mudança gradual nos hábitos de consumo e na preocupação com a sustentabilidade.
O aumento recorde da frota nacional foi impulsionado por uma combinação de fatores econômicos favoráveis. O crescimento econômico acima das expectativas, os incentivos à indústria automotiva e a melhora no mercado de trabalho — com queda na taxa de desemprego e aumento real na renda das famílias — foram determinantes para o desempenho positivo do setor.
Com o cenário econômico estável e a crescente adoção de tecnologias mais sustentáveis, espera-se que a frota nacional continue a expandir-se nos próximos anos, com um aumento ainda maior na participação de veículos elétricos e híbridos. Além disso, a tendência de personalização das cores e o crescimento dos utilitários sugerem que os consumidores estão buscando cada vez mais opções que combinem funcionalidade e estilo.
