Dúvida na gama Ford Ranger: optar pelo custo-benefício da versão Black ou partir para a XLT?
Leitor está em dúvida se deve arcar com o preço superior da configuração mais equipada e pediu nossa análise
César Tizo - março 6, 2025
Olá, César! Parabéns pelas análises, sempre muito bem ponderadas! Gostaria da sua opinião sobre as versões Black e XLT da Ford Ranger. Eu praticamente não preciso do 4×4, pois raramente ando em estradas de terra, e também não sou de correr. Entretanto, considerando as diferenças entre os motores e outros recursos, fico na dúvida se valeria a pena investir cerca de setenta mil reais a mais pelo motor 3.0 V6 e ter um veículo mais capaz, pensando na diluição desse valor no longo prazo (pretendo ficar com a picape por pelo menos cinco anos). Desde já, agradeço! – pergunta enviada por Ricardo
Ricardo, obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
Sua dúvida é muito interessante e, para chegarmos a algumas conclusões, é necessário ponderar diversos fatores, incluindo a revenda da picape no futuro.
A Ford Ranger Black chegou ao mercado com uma proposta bastante atrativa. Versão de entrada na gama, ela não deixa de lado o apelo visual e oferece, por R$ 238.900, um bom pacote de equipamentos de conforto, segurança e conectividade.
Para manter um preço mais competitivo, a Ranger Black adota um motor menor, no caso o 2.0 turbodiesel de quatro cilindros, e dispensa a tração 4×4. Por outro lado, mantém o câmbio automático de seis marchas, um recurso essencial considerando que seu foco é atender ao consumidor que usa a picape majoritariamente em ambiente urbano.
Já a Ranger XLT (R$ 308.600) tem como destaque o motor 3.0 V6 turbodiesel de 250 cv, aliado a uma transmissão automática de 10 marchas. Além disso, traz um sistema de tração avançado, que pode operar tanto como um 4×4 convencional ou como um sistema de tração integral sob demanda no modo “4A”, oferecendo maior facilidade aos motoristas não familiarizados com o recurso em práticas off-road.
Por ser mais leve, a Ranger Black consome menos, com médias oficiais de 10,1 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada. A Ranger XLT, por sua vez, percorre 8,9 e 10,2 km/l, respectivamente. Trata-se de uma característica que, sem dúvida, deve ser levada em conta.
Ford Ranger Black
Olhar racional vs. demanda do mercado
Se analisarmos de forma racional, a Ranger Black já atende plenamente quem não precisa de uma picape média para rebocar cargas pesadas ou trafegar em condições mais desafiadoras fora do asfalto. Em uso urbano e rodoviário, ela é uma opção bastante competente.
No entanto, ao observarmos a demanda do mercado, é fato que versões mais equipadas, com transmissão automática e tração 4×4, tendem a ser as mais procuradas dentro do segmento de picapes médias.
Assim, embora a Ranger Black proporcione uma economia considerável na hora da compra, em um horizonte mais dilatado, a Ranger XLT V6 deve ter maior liquidez e uma desvalorização menos acentuada.
Portanto, se a intenção for economizar no curto prazo, a Ranger Black faz sentido. Mas se o objetivo for ter um veículo com melhor liquidez e menor desvalorização em 5 anos, a XLT V6 é a melhor aposta, especialmente considerando a diferença de equipamentos e a aceitação no mercado de usados.
Além do conjunto mecânico mais robusto, é importante salientar que a versão mais cara da picape adiciona recursos importantes que estão ausentes na Ranger Black, como o alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa, farol alto automático, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, entre outros itens que reforçam a segurança e o conforto.
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