Diferença de cerca de R$ 10 mil pode representar mais segurança, economia com manutenção e garantia total
César Tizo - outubro 9, 2025
Tenho cerca de R$ 70 mil para comprar um carro, mas está cada vez mais difícil encontrar um usado de boa procedência. A parte mecânica e até as vistorias geram desconfiança. Será que vale mais a pena juntar mais R$ 10 mil e comprar um carro zero, mesmo que básico? – pergunta enviada por Ronaldo
Ronaldo, obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
A questão que você traz é excelente e nos leva a uma reflexão sobre os diferentes perfis de consumidores e suas preferências no momento da compra.
De fato, sob uma ótica racional, há diversas opções de carros usados ou seminovos que entregam conjuntos mecânicos mais robustos, cabines espaçosas e nível de equipamentos superior em relação aos modelos de entrada 0 km disponíveis atualmente.
Por outro lado, quem opta por um usado precisa estar preparado para realizar uma inspeção mecânica criteriosa antes da compra e considerar eventuais manutenções preventivas ou até mesmo corretivas que possam surgir para colocar o automóvel em ordem. Esses custos, alguns até imprevisíveis, devem ser ponderados dentro do orçamento total para o veículo.
Dependendo do seu perfil, nada disso talvez compense a tranquilidade — ou, como é costume dizer, a “paz de espírito” — de adquirir um carro 0 km. Além da procedência garantida, há o benefício de não se preocupar com histórico de uso nem com o cumprimento dos prazos de manutenção.
Dentro do teto de R$ 80 mil, o Renault Kwid Zen (R$ 78.690) surge como uma boa alternativa. Ele oferece porta-malas maior que o do Fiat Mobi e espaço interno discretamente superior. Nesse segmento, o Citroën C3 também é uma opção, mas o Kwid se destaca por oferecer quatro airbags de série, um diferencial importante em segurança, além do sistema start-stop, que desliga o motor em paradas rápidas, contribuindo para reduzir o consumo urbano.
Sem precisar extrapolar muito o orçamento, o Kwid Intense (R$ 81.790) pode ser uma escolha ainda mais interessante. Essa versão acrescenta central multimídia com Apple CarPlay e Android Auto, câmera de ré e preserva uma lista completa de itens de conforto, como ar-condicionado, direção elétrica, além de travas, vidros e retrovisores elétricos.
Assim como seus principais concorrentes, o Kwid oferece revisões e peças acessíveis, além de ser um modelo bastante econômico — com médias de 14,6 km/l na cidade e 15,5 km/l na estrada com gasolina, tanto na versão Zen quanto na Intense.
Em resumo, Ronaldo, se você não se sente confortável em adquirir um carro usado, é mais prudente gastar os R$ 10 mil adicionais e estacionar na garagem um automóvel 0 km, eliminando qualquer fonte de dúvida ou estresse na sua decisão.
Vale lembrar que, com iniciativas como o Programa Carro Sustentável, você ainda pode conseguir boas condições de negociação, o que torna o carro novo uma escolha não apenas mais segura, mas também financeiramente viável.
Espero ter ajudado!
