Mais caro, Tiggo 7 Pro Hybrid perdeu apelo em custo-benefício?
Leitor deseja saber se o SUV intermediário com mecânica eletrificada vale mais a pena em relação ao catálogo 1.6 turbo a gasolina
César Tizo - setembro 4, 2024
Olá, com o reajuste de set/24, o Tiggo 7 Pro Hybrid ficou R$ 5 mil mais caro que o Tiggo 7 Pro com motor 1.6 TGDI. Com isso, ele perdeu apelo em custo-benefício? Pensando um pouco mais a longo prazo para quem não prioriza performance, ser flex com a possível mudança na gasolina vale a pena? – pergunta enviada por Artur comentando notícia sobre o modelo
Artur, obrigado por enviar sua pergunta e participar do Guru dos Carros!
Apenas para contextualizar o público em geral que nos acompanha, a CAOA Chery comercializava o Tiggo 7 Pro Max Drive e o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive pelo mesmo valor de R$ 169.990. No entanto, devido às oscilações do dólar e o consequente o impacto nos componentes importados do SUV, o modelo eletrificado sofreu um reajuste e passou a custar R$ 174.990.
Considerando tudo o que o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive oferece em termos de equipamentos de série e o seu porte (atua no segmento de SUVs intermediários), acredito que o modelo ainda apresenta um bom custo-benefício em comparação com seus concorrentes.
Por exemplo, o Jeep Compass Sport tem um preço sugerido de R$ 182.990, sendo R$ 8.000 mais caro que o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive, e oferece menos itens de série. Para se ter uma ideia, o Compass Sport não possui assistentes de condução de série, enquanto o modelo da CAOA Chery vem equipado com assistente de permanência em faixa, monitoramento de pontos cegos, alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, farol alto automático, entre outros.
Vale destacar que a propulsão híbrida-leve de 48V já permite ao proprietário do Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive usufruir de benefícios concedidos por estados e municípios a veículos eletrificados, como a isenção do rodízio na capital paulista e até mesmo a isenção do IPVA em algumas Unidades Federativas.
Do ponto de vista técnico, embora o Tiggo 7 Pro Hybrid Max Drive não ofereça os mesmos 185 cv e 27,5 kgfm de torque do Compass Sport, seus 160 cv e 25,5 kgfm de torque proporcionam um desempenho satisfatório. Em termos de consumo, o Jeep Compass tem médias de 10,1 km/l na cidade e 12 km/l na estrada com gasolina, enquanto o rival eletrificado alcança 11,6 e 11,4 km/l, respectivamente.
Mudanças na gasolina
Por fim, sobre a segunda parte de sua pergunta, a Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou na última terça-feira (3) projeto dos “combustíveis do futuro”, que agora seguirá ao Plenário da casa. Se aprovado, o novo percentual de mistura de etanol à gasolina será de 27%, com variação entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol anidro.
Com essas mudanças, os automóveis flex se adaptarão plenamente às novas misturas de etanol na gasolina, tornando-se ainda mais interessantes. Atualmente, o motor 1.6 turbo com injeção direta do Tiggo 7 Pro Max Drive opera exclusivamente com gasolina. Mesmo após as melhorias inauguradas pelo Tiggo 8 Pro para o 1.6 TGDI, a CAOA Chery aparentemente não planeja torná-lo bicombustível.