Exemplar flagrado com selo de consumo coberto sugere testes de motorização inédita ou micro-híbrida para o modelo
César Tizo - outubro 8, 2025
Um exemplar no mínimo “misterioso” do Chevrolet Onix foi flagrado pelo perfil @placaverde e deixa claro que a GM prepara novidades para o hatch, dessa vez em especial sob o capô.
Tanto o Onix quanto o Onix Plus inauguraram alguns aprimoramentos externos e internos na linha 2026, porém, ao menos no quesito mecânico, o hatch e o sedã não foram de evoluções para o sistema de correia banhada a óleo presente no propulsor 1.0 tricilíndrico aplicado na dupla.
O flagra recente, contudo, sinaliza que a fabricante norte-americana guardou algumas melhorias técnicas para uma fase posterior.
A unidade fotografada pelos colegas despertou a atenção por algumas características singulares. O exemplar não contava com nenhum tipo de camuflagem para a carroceria, entretanto a placa verde, que identifica veículos de teste, sinaliza que o automóvel está sendo utilizado para algum tipo de desenvolvimento específico.
O que levanta ainda mais especulações é o fato de que o carro em questão exibia o selo do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) parcialmente coberto, com informações como versão e tipo de motorização ocultas.
O que é mais inusitado é que os campos para as médias de consumo e emissões estavam em branco, confirmando que se trata de uma configuração ainda não disponível no mercado.
Com isso, surgem duas possibilidades para explicar todo o mistério que permeia a unidade flagrada do Onix. A primeira seria a avaliação de uma inédita versão do hatchback com o motor 1.0 otimizado para o uso exclusivo de etanol, algo que poderia estar em linha com os planos da General Motors de explorar novas soluções voltadas à descarbonização.
A segunda hipótese é que o modelo flagrado esteja servindo como base de testes para o sistema micro-híbrido que a fabricante já confirmou estar desenvolvendo para o mercado brasileiro.
Essa tecnologia também é aplicada pela Stellantis em alguns de seus modelos fabricados no Brasil e Argentina, como é o caso dos Fiat Pulse e Fastback Hybrid, além da dupla Peugeot 208 e 2008 Hybrid lançados recentemente.
Pensado como uma forma de melhorar discretamente o desempenho e reduzir o consumo, este tipo de propulsão é a forma mais simples de eletrificação e, basicamente, substitui o alternador convencional aplicado no motor a combustão por um motor-gerador. O componente é capaz de converter a energia cinética que seria desperdiçada nas frenagens em energia elétrica, a qual pode ser acumulada em baterias de 12 V ou 48 V a depender da sofisticação do conjunto.
A mecânica micro-híbrida está longe de oferecer uma redução drástica no consumo, tal como ocorre em um automóvel híbrido pleno, porém tem como argumento a favor o menor impacto no valor final do veículo, por essa razão costuma ser aplicada em carros que atuam em segmentos mais sensíveis a preço.
A GM ainda não divulgou detalhes sobre o cronograma de estreia do seu novo conjunto eletrificado nacional. Nos resta, portanto, acompanhar de perto mais detalhes sobre as próximas iniciativas da marca envolvendo seus compactos.
