Picape ganhou mais versões com motor V6 turbodiesel, novo pacote visual escurecido e lista de equipamentos ampliada
César Tizo - novembro 26, 2025
A Ford revelou na última terça-feira (25) algumas atualizações para a linha 2026 da Ranger na Austrália, mercado que funciona como referência global para o desenvolvimento da picape.
As novidades incluem expansão do motor 3.0 V6 turbodiesel para mais versões, visual renovado com acabamento escurecido e uma lista mais ampla de tecnologias de assistência ao motorista — movimentos que reforçam o posicionamento da Ranger como uma das líderes do segmento no mundo.
Entre os destaques, o motor V6 turbodiesel passa a ser incluído pela primeira vez para a configuração XL de entrada. O 2.0 turbodiesel também recebeu melhorias no sistema de injeção e corrente de comando, enquanto o câmbio automático de 10 marchas passou a ser item de série em toda a gama.
Apenas como comparação, a Ford Ranger vendida no Brasil também conta com os motores 2.0 e V6 no portfólio, oferecendo câmbio manual 6 marchas na versão XL de entrada (R$ 272.600).
A Ranger 2026 vendida na Austrália ganhou ainda um tratamento visual mais moderno e robusto, adotando acabamentos em preto fosco e brilhante no lugar dos cromados.
Rodas redesenhadas, detalhes escurecidos e novos conjuntos de iluminação também marcam a atualização, especialmente nas versões XLT, Wildtrak e Platinum oferecidas no país.
Outro avanço está na ampliação dos sistemas de assistência, com a inclusão do novo Driver Assist Technology (DAT) para versões cabine-chassi, além da disponibilidade ampliada de faróis matriciais de LED, câmera 360° com guia para reboque, sensores adicionais e novos modos de direção off-road.
A linha australiana também passou por reestruturação com a chegada das versões Wolftrak e Black Edition de forma definitiva, além do retorno da Tremor agora equipada com o motor V6, reforçando o apelo off-road da gama.
Embora a Ranger vendida no mercado brasileiro seja produzida na Argentina, a engenharia do produto é compartilhada e pensada em escala global, e a Austrália tradicionalmente antecipa evoluções que acabam migrando para a América do Sul.
A ampliação do motor V6 para versões mais acessíveis, por exemplo, poderia ajudar a Ford a reforçar o posicionamento comercial da Ranger. Já o pacote visual escurecido e os novos recursos de assistência à condução tendem a melhorar percepção de tecnologia, tema cada vez mais decisivo no segmento de picapes médias no Brasil.
Por ora, a Ford não se posicionou sobre mudanças para a Ranger sul-americana, mas o movimento australiano reforça que a picape seguirá em ritmo acelerado de atualizações globais.
No futuro de curto prazo para a Ranger, temos como algo concreto a fabricação local da opção híbrida plug-in na Argentina a partir de 2027. Para o Brasil, está confirmado que a inédita configuração eletrificada da Ranger terá o importante diferencial da propulsão térmica flex.
