Fabricante alemã confirma 4 veículos inéditos, motor específico para híbridos e a aplicação da nova plataforma MQB Hybrid no país
César Tizo - fevereiro 2, 2024
Como estava previsto, a Volkswagen detalhou nesta sexta-feira (2) seu novo ciclo de investimentos no país, que vai compreender R$ 9 bilhões entre os anos de 2026 e 2028.
A futura injeção de capital nas operações da empresa soma-se ao atual ciclo de R$ 7 bilhões já em curso desde 2022 e com fim esperado para 2026.
Com isso, uma série de novidades relevantes para a Volkswagen no Brasil estão nos planos, com 16 lançamentos prometidos até o fim de 2028.
Entre as estreias, a VW cita que 4 veículos serão produtos totalmente inéditos, sendo um deles a aguardada picape a ser fabricada em São José dos Pinhais (PR).
Ao que tudo indica, trata-se da versão final do conceito Tarok, apresentado no Salão de São Paulo em 2018.
A novidade, tomando como referência o protótipo apresentado no evento, vai posicionar a marca Volkswagen no segmento de picapes intermediárias, portanto uma rival direta para a Fiat Toro.
Já a unidade Anchieta, sede da Volkswagen do Brasil na cidade de São Bernardo do Campo (SP), será responsável pela fabricação de outros 2 produtos inéditos.
Para Taubaté, no interior de São Paulo, a Volkswagen vai alocar a produção de um futuro modelo a ser totalmente desenvolvido no Brasil.
Ao que tudo indica, trata-se do aguardado projeto A00, um crossover compacto que poderá resgatar o nome Gol.
Espera-se que o automóvel ofereça porte e valores semelhantes aos observados no Fiat Pulse, apostando em uma relação custo/benefício mais favorável.
Para a fábrica de motores da Volkswagen em São Carlos (SP) está destinada a produção de um “novo motor ainda mais inovador e eficiente para veículos híbridos“, como explica a fabricante.
Segundo já noticiamos aqui no Guru dos Carros, trata-se da nacionalização do propulsor 1.5 TSI evo2, que substituirá o atual 1.4 TSI aplicado em boa parte dos modelos da marca oferecidos no país.
Com uma série de evoluções em relação ao antecessor, o 1.5 TSI evo2 é equipado com diversos recursos para otimizar a eficiência, entre eles o sistema de desativação de cilindros (ACTplus).
O 1.5 TSI evo2 também serve de base para diversas configurações de conjuntos propulsores eletrificados, podendo ser aplicado desde sistemas do tipo híbrido-leve até a mecânica híbrida plug-in.
Também de olho na eletrificação, a Volkswagen anunciou a nacionalização de uma nova plataforma, a MQB Hybrid.
A iniciativa está sendo desenvolvida pela empresa especialmente para a América do Sul e conta com a participação da engenharia da Volkswagen do Brasil, reforça a empresa.
A fabricante alemã, portanto, adotará estratégia semelhante à da Stellantis com sua família de plataformas Bio-Hybrid, tendo como premissa soluções de eletrificação mais adequadas às realidades econômicas do país e priorizando o etanol como aliado para a descarbonização.
Nas palavras da VW, o projeto MQB Hybrid “comporta uma combinação dos mais avançados sistemas de combustão e eletrificação, utilizando sistema de alta voltagem“.
Outro ponto interessante é que a plataforma MQB Hybrid “conta com uma nova arquitetura eletrônica que permite mais conectividade e oferece ainda mais segurança por meio da tecnologia ADAS (Advanced Driver Assistance System). Além disso, oferece ainda mais conforto e aumento do espaço interno”, acrescenta a VW.
Apenas para relembrar, ainda dentro do atual ciclo de investimentos de R$ 7 bilhões a Volkswagen realizou 9 lançamentos em 2023, no caso o Polo GTS, Virtus 2024, Polo 1st Edition, Polo Track, T‑Cross The Town, Saveiro 2024, Tiguan Allspace R-Line e os 100% elétricos ID.4 e ID. Buzz.
Com isso, a VW foi a marca que mais cresceu em volume de vendas no país em 2023, com salto de 29,5%, ou quase 80.000 emplacamentos acima do volume conquistado em 2022.
Para 2024, a Volkswagen tem alguns lançamentos importantes a caminho, entre eles a nova Amarok, o Nivus GTS e o facelift para o T-Cross, modelo que encerrou 2023 como o SUV mais vendido no Brasil, segmento que hoje lidera a preferência do público brasileiro.
